Opinião/Informação:
Quero agradecer a gentil resposta do amigo Marcelo Ramos. Sempre tive certeza de que ele compreenderia a minha ponderação em defesa do agronegócio familiar e empresarial, e do próprio modelo PIM/ZFM, utilizando as tecnologias sustentáveis que a EMBRAPA já exporta com sucesso para outros países. Essas soluções se aplicam perfeitamente à realidade do Amazonas — um estado continental — e podem impulsionar a produção agropecuária de forma sustentável, alinhada às 21 cadeias produtivas prioritárias já definidas por competentes técnicos do IDAM e da SEPROR.
Em resumo, o caminho é claro: precisamos concluir o Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) e adotar plenamente as tecnologias sustentáveis da EMBRAPA. Vale lembrar que o próprio Marcelo tem laços fortes com essa instituição: uma tia (minha amiga) que é uma pesquisadora exemplar da EMBRAPA, e um tio (também amigo) que é referência como produtor rural.
Hoje, o Amazonas preserva 97% da sua floresta em pé, mas tem 60% na pobreza. O Código Florestal permite o uso de até 20% das áreas, mas mesmo nesses 20%, enfrentamos inúmeros entraves impostos por ONGs e ongueiros — muitos deles atuando de dentro e fora do governo — que dificultam o licenciamento ambiental e a regularização fundiária há mais de uma década. Nenhuma dessas ONGs, nem mesmo a ministra Marina Silva, cobra a implementação do ZEE do Amazonas, que é uma obrigação prevista na Política Nacional de Meio Ambiente e sob responsabilidade direta do Ministério do Meio Ambiente. É muito estranho ambientalistas ignorarem um zoneamento que é ECOLÓGICO.
Um agronegócio forte e sustentável, baseado na ciência da EMBRAPA, vai fortalecer não apenas o setor primário, mas também o comércio, a indústria e, consequentemente, o próprio Polo Industrial de Manaus (PIM/ZFM).
Obrigado, Marcelo! Você é um interlocutor respeitado do Amazonas, e é exatamente por isso que resolvi fazer essa manifestação. Conte sempre com o meu compromisso em defesa do desenvolvimento do interior do nosso Estado. Como falei em ZEE, gosto sempre de ressaltar que é uma demanda antiga e formal sempre apresentada aos candidatos ao governo pela FAEA, FETAGRI, OCB e UNICAFES.
THOMAZ RURAL
