Opinião/Informação:
Precisamos nos posicionar firmemente contra esse absurdo de criar uma nova Zona Franca no Distrito Federal, Goiás e entorno. Isso é um fato e temos que lutar com todas as forças. No entanto, um dos argumentos utilizados pelo amigo e ex-deputado Marcelo Ramos não pode, não deve e não está correto.
Afirmar que “não podemos plantar e produzir nada no setor primário” desconsidera completamente os avanços da ciência sustentável promovida pela EMBRAPA, que já provou ser possível conciliar produção agropecuária com preservação ambiental. Esse tipo de afirmação só agrava a fome, que já atinge mais da metade da população amazonense, compromete nossa soberania e segurança alimentar e ignora que o setor primário é, muitas vezes, a única alternativa viável de atividade econômica no interior do Amazonas.
Colocar o Amazonas como incapaz de produzir alimentos é condenar o nosso povo a uma dependência permanente de produtos importados — uma situação gravíssima, especialmente em tempos de crise. O modelo Zona Franca de Manaus (PIM/ZFM), que devemos, sim, defender sempre, infelizmente não chegou ao interior do Estado ao longo dessas cinco décadas. E mesmo assim, o caboclo do interior não saiu desmatando. Ele preservou a floresta, mas continua liso, desempregado e sem renda. O setor primário é a única saída para ele comer, sobreviver e vender o excedente.
Enquanto isso, os falsos ambientalistas seguem lucrando com promessas futuras, como créditos de carbono e projetos de REDD+, enquanto o povo passa fome. Precisamos, sim, defender o PIM/ZFM com firmeza, mas nunca às custas da nossa soberania e da segurança alimentar da região. A ciência da EMBRAPA já existe, está disponível e pronta para ser aplicada com responsabilidade.
Tenho certeza que o Marcelo Ramos vai entender, e certamente passar a ter uma nova visão nessa necessária defesa do PIM/ZFM.
THOMAZ RURAL
https://amazonasatual.com.br/projeto-de-nova-zona-franca-aprovado-na-camara-gera-risco-para-manaus
3 comentários sobre “Discordo do Marcelo Ramos, sei que ele vai entender!”
Concordo com o Thomaz , sou do interior e passo por tudo isso temos que lutar e defender a zona franca, mas, porém, não podemos depender só dela ela só não resolve a situação, dá muito emprego direto e indireto na capital enquanto o ribeirinho está passando necessidades econômicas, alimentar e social não temos notícias da união de representantes do amazonas no congresso Nacional desde quando a zona franca foi implantada com algum projeto para desenvolver sustentavelme as nossas varzeas ou melhor o setor primário só falam na zona franca em épocas de eleição com interesses no voto e as estatísticas demonstram que mais de 90% da nossa vegetação continua preservada,portanto, o thomaz tem razão quando defende que há preservação porém muita gente passando fome que só interessa as ONGs, meus irmãos interiorandos vamos prestar atenção na escolha de nossos representantes estamos repetindo repetindo e não estamos tendo o retorno por isso estamos sem esperança, analisem.
Nós ainda vamos virar esse jogo, por pressão popular e necessidade de comida
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