Opinião/Informação:
Sinceramente, causa estranheza a presença do titular da ONG Fundação Amazonas Sustentável (FAS) no recente encontro promovido pelo Conselho Regional de Economia (CORECON-AM). Pelo visto, sua participação não acrescentou nada relevante, já que sequer foi mencionado na matéria do jornalista Lucas dos Santos, no jornal A Crítica.
O CORECON tratou corretamente de pautar a necessidade de preservar e desenvolver. No entanto, a escolha do convidado levanta questionamentos: o dirigente da FAS não defende o Zoneamento Ecológico-Econômico do Amazonas (ZEE-AM), manifesta oposição ao asfaltamento da BR-319, e mantém relações controversas entre a FAS e a Secretaria de Meio Ambiente (SEMA).
Além disso, há registros do Ministério Público Federal (MPF-AM) apontando irregularidades em projetos de crédito de carbono em Carauari, nos quais a FAS e seu nome são citados. Já publiquei neste blog documentos oficiais — incluindo recomendações e memória de reuniões do MPF-AM — que reforçam essas preocupações. O Ministério Público de Contas (MPC) e o Tribunal de Contas do Estado (TCE) também avaliam possíveis vínculos questionáveis entre a SEMA e a FAS envolvendo milhões do banco alemão KFW.
Outro ponto ainda não esclarecido pela ONG é o destino de milhões de reais aplicados em “assistência técnica” com recursos do Fundo Amazônia, gastos dentro das unidades de conservação, sem transparência sobre quem de fato recebeu tais valores. Até hoje não atendeu o senado federal nem documento do senador Plínio Valério.
Diante disso, fica a dúvida: qual a real contribuição do titular da FAS em um debate técnico promovido pelo CORECON-AM, voltado à economia e ao desenvolvimento sustentável do Amazonas?
Talvez o CORECON não saiba, mas essa ONG já recebeu meio bilhão de reais desde sua criação. Procurem saber o que foi feito. Leiam o relatório final da CPI das ONGs.
Abaixo, link do assuntos aqui mencionados.
THOMAZ RURAL




