Opinião/Informação:
Não há como ignorar que a precariedade da infraestrutura logística no Amazonas, especialmente no que diz respeito à BR-319, contribuiu de forma significativa para a crise de abastecimento de oxigênio durante o colapso sanitário vivido no estado. A imprensa fez o registro das carretas atoladas. É legítimo questionar o papel de algumas organizações não governamentais (ONGs) que, ao longo de décadas, vêm promovendo ações para impedir ou postergar o asfaltamento da rodovia sob o argumento da preservação ambiental. E as vidas humanas perdidas?
A BR-319 é uma via estratégica que conecta o Amazonas ao restante do país por terra. Sua recuperação poderia representar um avanço importante no acesso a serviços essenciais, como o transporte de insumos médicos em situações emergenciais. A ausência dessa infraestrutura impacta diretamente a capacidade de resposta a crises sanitárias e humanitárias, como ficou evidente durante a pandemia de COVID-19.
É preciso avaliar até que ponto determinadas posições ambientalistas podem gerar efeitos colaterais graves quando ignoram as necessidades básicas das populações locais.
THOMAZ RURAL

