Opinião/Informação:

Quem me acompanha no Jornal do Commercio e no blog THOMAZ RURAL sabe o quanto venho insistindo na necessidade de o Amazonas ter o seu Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE). Hoje, fiquei extremamente satisfeito ao ler o artigo do Dr. Jorge Porto, pesquisador e chefe de gabinete do INPA, que reforça a importância do ZEE-AM.

Em 2019, estive pessoalmente no gabinete do atual secretário de Meio Ambiente do Amazonas — oriundo da ONG FAS — para dar início ao processo do ZEE durante a gestão do governador Wilson Lima. Fui ignorado. O assunto se arrastou até 2021 e, depois, foi repassado para a SEDECTI, que sem recursos, não pôde fazer nada.

Infelizmente, esses representantes de ONGs têm prejudicado o Amazonas. Ignoram o ZEE, uma ferramenta essencial prevista na Política Nacional de Meio Ambiente. Parabenizo o Dr. Jorge Porto pela coragem de se posicionar num cenário de completo silêncio por parte das autoridades. Em meio a esse silêncio, é difícil não suspeitar que há algo sendo escondido — especialmente quando estados como Roraima e Amapá já avançaram com seus respectivos ZEEs. O silêncio de ex-governadores, hoje senadores, me espanta.

A SEMA está há mais de uma década sob o comando de integrantes ligados à FAS. Não demonstram interesse no ZEE, nem na ciência, nem na economia, e muito menos em uma ferramenta que carrega um “E” de ecológico. Só não vê quem não quer — ou quem está se beneficiando com essa omissão.

THOMAZ RURAL

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