Opinião/Informação:
Fonte: Site da CONAB
Não faz o menor sentido aprovar/implementar projetos no âmbito do PAA/CDS/CONAB com valores de R$ 500 mil, R$ 700 mil — ou até mais — no Amazonas e no Brasil. Mas vou focar especificamente no Amazonas:
Tenho quase certeza de que não haverá recursos suficientes para atender todas as propostas apresentadas no estado.
Então, por que concentrar em projetos de altíssimo valor, que levarão mais de dois anos para serem executados?
No caso do pescado, sabemos que valores altos envolvem safra, frigorífico e estrutura de estocagem junto aos beneficiários consumidores.
O pescado não está na prateleira, está no rio. Depende de safra. E o pescador sabe quando acontece a SAFRA.
Seria muito mais eficaz identificar os municípios que apresentaram proposta ao PAA/CDS e realizar a Compra Direta da Agricultura Familiar (CDAF) no momento da safra — como já foi feito em Manacapuru, no passado, quando foram adquiridas 600 toneladas, entregues ao Mesa Brasil/SESC-AM.
Tenho quase certeza de que o Estado toparia entrar nessa parceria, bancando a limpeza e o congelamento do pescado, já que também seria beneficiado com os próprios programas sociais.
Esse é o melhor caminho para trabalhar com propostas de alto valor envolvendo pescado.
Com relação aos outros produtos, a cheia já destruiu muita coisa, então seria fundamental avaliar a real capacidade de fornecimento para evitar que o dinheiro fique parado na conta, enquanto outros agricultores, que ainda têm produção, fiquem de fora.
Todas essas sugestões têm um único objetivo: ampliar o número de grupos formais atendidos, não concentrar recursos em poucos projetos e garantir que o dinheiro realmente circule onde há produção ativa.
THOMAZ RURAL
A Conab não pode esquecer o que aconteceu em passado recente. Abaixo, os projetos aprovados no Amazonas.





2 comentários sobre “CONAB: Não faz sentido concentrar 500 mil, 700 mil em projetos do PAA no Amazonas, em especial de PEIXE”
Meu caro Thomaz, as vezes parece até repetitivo, mas se faz necessário lembrar sempre para os gestores dos recursos do PAA, que não é possível a gente aceitar certas condições impostas por algumas entidades representantes dos agricultores familiares e pescadores, para a inclusão de produtos, que como você falou, depende de safra e, enquanto os produtores ribeirinhos das áreas de várzea sofrem prejuízos com a enchente do rio ou não conseguem entregar seus produtos nessa situação de emergência, porque a condição para tal, depende de autorização da coordenação estadual ou federal, outros estão credenciados, mas não têm o produto pra entregar. Em Parintins estão credenciados para entregar ao PAA, 130 famílias, porém, até o momento apenas 30 foram autorizadas a entregar. Enquanto isso, as demais famílias aguardam autorização, vendo sua produção ser tragada pelas águas do rio Amazonas. Deveria ter um plano de entrega desses produtos, de acordo com a variação sazonal de cada região.
Não ouvem quem entende, dá nisso…