Opiniã/Informação:
É importante ressaltar que o estado do Pará, inserido no mesmo bioma amazônico e sob o mesmo Código Florestal, tem demonstrado um desenvolvimento significativo no agronegócio familiar e empresarial. Imaginemos o impacto positivo que uma maior dinamização desse setor traria para o comércio, a indústria e os serviços em nosso Amazonas.
Nesse sentido, torna-se imperativo que o estado do Amazonas avance na implementação de práticas de produção sustentável, conforme preconizado pela ciência e pelas tecnologias desenvolvidas pela EMBRAPA. É fundamental superar entraves e discursos que se opõem ao desenvolvimento responsável da nossa região.
Para tal, defendemos a urgência da conclusão e implementação do Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE), bem como a aplicação de tecnologias que agilizem o processo de licenciamento ambiental dentro dos limites legais dos 20%. Urge também a necessidade de melhorar significativamente o acesso ao financiamento rural em nosso estado, atualmente em uma posição desfavorável.
A disparidade social existente no Amazonas, onde uma pequena parcela da população concentra riqueza enquanto mais de dois milhões de pessoas enfrentam insegurança alimentar, clama por ações concretas e justas. É inaceitável que, em um estado com tanto potencial, uma parcela tão grande da população não tenha acesso ao básico para sua subsistência.
Propomos, portanto, que as políticas públicas e os programas de apoio ao agronegócio familiar e empresarial no Amazonas sejam orientados pela ciência, pela sustentabilidade e pela justiça social, visando a inclusão produtiva e a segurança alimentar de toda a população. Veja artigo…
THOMAZ RURAL
Clique no link abaixo…
Em: 22 de abril de 2025
Engana-se quem pensa que quem tem poder de compra não deve se preocupar com a soberania alimentar do estado onde vive. Em tempos de crise, a primeira ação que o “inimigo” corta é alimento por razões óbvias. O dado divulgado esta semana reforça o quanto ainda estamos distantes da soberania e da segurança alimentar para o nosso povo. Isso agrava a pobreza e a crise social. Não por acaso, já vemos filas de pessoas no centro de Manaus em busca de doações de alimentos. Já postei esse vídeo no blog Thomaz Rural.
Agora, reflita:
• Faz sentido a produção de grãos do continental Amazonas corresponder a apenas 0,4% da produção de grãos da Região Norte?
• Faz sentido Roraima produzir seis vezes mais?
• Faz sentido Rondônia produzir 55 vezes mais que o Amazonas?
• Faz sentido perdermos até para o pequeno Acre, que tem pequena dimensão geográfica?
• Faz sentido o Pará produzir 69 vezes mais?
• Faz sentido nossa produção de grãos representar apenas 0,03% do total nacional?
Há várias razões para esse cenário, mas as principais são:
1. O Amazonas ocupa o último lugar no acesso ao crédito no Brasil;
2. Não temos o ZEE – Zoneamento Econômico Ecológico implementado. Ele é aprovado pela Assembleia e sancionado pelo Governador. Recentemente, Roraima e Amapá concluíram com sanção governamental;
3. ONGs financiadas por interesses estrangeiros, com apoio nacional e local, travam as atividades econômicas e isolam o estado. Ela nem falam em ZEE;
4. A regularização fundiária e o licenciamento ambiental ficam apenas no discurso.
Isso é grave!
Os números citados não foram inventados — estão disponíveis nos sites oficiais da CONAB e do IBGE.
22.04.2025
Thomaz Meirelles, administrador, servidor público federal, especialista na gestão da informação ao agronegócio. E-mail: [email protected] ou [email protected]
Thomaz Meirelles
Servidor público federal aposentado, administrador, especialização na gestão da informação ao agronegócio. E-mail: [email protected]