Opinião/Informação:
Chegam à minha tela mais três dolorosas imagens vindas do interior do Amazonas. A cena se repete, um grito silencioso que clama pela atenção da ADS e da CONAB. Esses órgãos têm a OBRIGAÇÃO de operacionalizar as COMPRAS PÚBLICAS, através do PREME e do PAA, direcionando recursos para quem mais necessita, e não para quem menos precisa.
É fundamental reiterar: a Compra Pública sem licitação possui um PÚBLICO específico e se justifica em situações que fogem da rotina administrativa. Contudo, o que observamos na ADS parece desvirtuar completamente essa premissa. Milhões de reais são destinados, sem o devido processo licitatório, para compras que ocorrem de forma regular, uma prática que antecede a chegada do atual governo à “Compensa”. Por esse motivo, disse ao então candidato Wilson para mudarmos.
Os números não mentem. Somente neste ano, já foram empenhados R$ 6 milhões para apenas três CPFs no setor de carne. Um verdadeiro ABSURDO, um tapa na cara da realidade crua que se escancara nas imagens que venho compartilhando desde a última sexta-feira. A produção se perde, o sustento das famílias rurais vai pro lixo, para os rios, alimentar os peixes, enquanto recursos públicos vultosos são direcionados de forma questionável.
A reflexão que proponho à ADS e à CONAB não é retórica. É um apelo urgente para que cumpram seu papel com responsabilidade e sensibilidade à dramática situação que assola o interior do nosso estado. As compras públicas precisam ser um instrumento de apoio aos mais vulneráveis, um motor para a economia local, e não um mecanismo de favorecimento que ignora a urgência da fome e da perda no campo. A persistência nesse modelo é inaceitável e clama por uma mudança radical de postura.
THOMAZ RURAL


