Opinião/Informação:

Mais um Carnaval se encerra, e seguimos sem respostas sobre os profissionais — engenheiros agrônomos, florestais e de pesca — que supostamente receberam milhões de reais da Fundação Amazônia Sustentável (FAS), na época chamada Fundação Amazonas Sustentável, por serviços de “assistência técnica” no estado. O questionamento já se arrasta por 1 ano, 5 meses e 19 dias, sem qualquer esclarecimento.

Continuo aguardando que o Senado Federal cumpra o compromisso de fornecer essas informações, incluindo os valores pagos aos superintendentes da ONG. O que foi dito publicamente é que esses dados seriam disponibilizados, mas, até agora, nada foi apresentado. Em tempos de “parceria” entre a FAS e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (SEDECTI), vemos um cenário preocupante: enquanto a FAS administra os milhões do banco alemão KfW, servidores do estado entram com a mão de obra para elaborar o chamado Plano de Bioeconomia, que sequer conta com um Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) adequado. Está tudo fora de ordem, com prioridades invertidas.

Fica claro que esse recurso do banco alemão deveria ser destinado diretamente ao Estado, que poderia criar comissões técnicas compostas por seus próprios servidores e remunerá-los adequadamente.

Até agora, nenhuma manifestação do CREA ou das associações que representam engenheiros agrônomos, florestais e de pesca. Profissionais dessas áreas enfrentam dificuldades para conseguir espaço e trabalho no Amazonas, enquanto uma ONG declara ter contratado especialistas para prestar assistência técnica — sem apresentar nomes ou comprovações.

O CREA não tem interesse em saber quem realmente realizou essa assistência técnica citada pela FAS durante a CPI das ONGs?

Para quem ainda não viu, o vídeo com as declarações está disponível novamente abaixo. Sigo aguardando respostas. Além do vídeo, apresento matéria com o nome de 28 organizações que receberam mais de R$ 11 milhões da FAS. Sigo fazendo minha parte…

THOMAZ RURAL