Não entendi essa “passada de pano” na ONG Fundação Amazônia Sustentável – FAS

Opinião/Informação:

Sempre reconheço e destaco o posicionamento do economista Osíris Silva neste blog. No entanto, após ler o artigo abaixo, ainda não consigo entender a “passada de pano” que ele está dando para a ONG FAS nesse ACT com a SEDECTI. Já disse e volto a repetir: não tenho nada contra a SEDECTI ou a equipe do Serafim. Mas esse ACT está sendo imposto, diante do que foi acordado anteriormente entre FAS, Estado/SEMA, o banco alemão e os R$ 78 milhões em “doação”. Aliás, o MPC/TCE já está investigando essa relação entre SEMA e FAS, justamente para apurar por que essa alta soma foi direcionada à FAS, quando deveria ter ido para o Estado. Independente de qualquer resultado, o destino foi errado, era pra ter ido ao Estado/IDAM (reuniões foram feitas, até com a AFEAM).

O economista Osíris menciona em seu artigo questões como a BR-319, que segue sem asfalto, e o ZEE, que até hoje não saiu do papel. Mas ele se esquece de destacar que a ONG FAS é uma das que atuam contra o Amazonas nesses dois pleitos essenciais para o Estado. Além disso, cita Marina Silva e o Fundo Amazônia, mas não menciona a proximidade da FAS com ambos.

Também não vi Osíris cobrar da FAS os milhões que a ONG alegou ter gasto com “assistência técnica” nas Unidades de Conservação, pagando engenheiros de pesca, florestal e agrônomos (como mostra o vídeo abaixo). Nesse ACT – e outros virão – a SEDECTI entra com o “suor” de seus servidores, enquanto a FAS fica com o dinheiro. Está mais do que claro que esses milhões deveriam ir para o governo estadual, que então poderia, se necessário, demandar a atuação da ONG em pontos específicos. Mas fizeram o contrário. Se fosse ao Estado, aí sim poderiam criar comissões técnicas com o servidores da casa (ajudaria na questão salarial).

Em 15 anos de atuação no Amazonas, essa ONG já embolsou quase R$ 500 milhões. Ontem, o Portal G1 mostrou que, em janeiro, o maior índice de desmatamento ocorreu dentro de Unidades de Conservação. Ou seja, nem combate o desmatamento, nem gera renda para o nosso povo.

Passar pano para essa ONG é o mesmo que passar pano para quem não quer a BR-319 asfaltada, não quer o ZEE implementado, mesmo tendo comandado a SEMA por mais de uma década. Há um item no ACT que permite à FAS contratar mais “consultorias”.

Até agora, sigo sem entender essa “passada de pano” do amigo Osíris em quem joga contra o desenvolvimento do Amazonas, parceira de outras ONGs que nos travam, que nem sequer protege a floresta do desmatamento como apontou o Portal G1.

Por fim, lembrar que antes do PLANO DE BIOECONOMIA deveria vir o ZEE por razões óbvias. É jogar dinheiro fora. Por falar em ZEE, a SEMA enrolou 3 anos na atual gestão, em 2021 empurrou para a SEDECTI essa pauta. Este espaço continua aberto, principalmente ao economista Osíris Silva a quem tenho respeito e admiração, mas estou sem entender até agora.

Tem que afastar essas ONGs ambientalistas de dados e informações do nosso Amazonas, da nossa Amazônia, do nosso Brasil. Eles passam tudo para os parceiros dos Estados Unidos e da Europa. Amigo Osíris, fazer o mesmo, com os mesmos, é dilatar ainda mais a miséria que já chega aos 65.6% da população no Amazonas.

THOMAZ RURAL

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