Opinião/Informação:
Repito a pergunta do título: faz sentido toda essa banana parar no lixo enquanto 65,6% dos amazonenses não têm comida todo dia? É lógico que não!
Essa foto eu tirei ontem, em um supermercado de Manaus. Pela condição das bananas na imagem, certamente, hoje foram direto para o lixo.
Foi com uma ideia que tive em 2019 que o governador Wilson Lima, junto com Petrucio, criou o Programa de Combate ao Desperdício de Alimentos. O atual secretário, Daniel Borges, tem tocado o programa da melhor forma possível, mas falta mais estrutura para coletar, fazer a triagem e levar esses alimentos para quem tem fome. O Programa MESA BRASIL do SESC é o parceiro ideal, já tem até galpão que pode ser usado.
Nem vou entrar no mérito do valor nutricional da banana e dos inúmeros pratos que podem ser feitos com essa fruta. Além do programa, o governador já sancionou uma lei que dá suporte e isenção aos doadores, incluindo os supermercados. Tem até o slogan que sugeri e que aparece em algumas propagandas:
➡️ “Não haverá paz enquanto houver fome.”
Essa frase está no livro do ex-ministro Roberto Rodrigues.
Contudo, não vejo o Executivo, Legislativo e Judiciário preocupados em fortalecer esse programa, que funciona com facilidade. Pior ainda é ver que, com raras exceções, esses poderes fecham os olhos para os “projetos” de algumas ONGs ambientalistas, alguns intelectuais e alguns doutores em clima e ambiente, que não servem para quem realmente precisa – apenas para os próprios. A CPI das ONGs, conduzida pelo senador Plínio Valério, já mostrou para onde foram os bilhões destinados a essas ONGs.
A Prefeitura e o Estado deveriam se unir, esquecer 2026, ampliar a estrutura desse programa que já existe e começar a recolher, em todos os supermercados, mercadinhos, feiras e até no produtor rural, tudo o que não tem valor comercial, mas tem valor nutricional.
Isso é o básico, “feijão com arroz”, mas segue sendo ignorado em um estado onde mais da metade da população passa fome.
E tem mais: produzir alimentos já é um sacrifício por si só. Deixar que sejam desperdiçados é uma falta de respeito com o ser humano que não tem o que comer.
Enquanto isso, o “negócio” de alguns intelectuais, alguns importados, e alguns doutores em clima e ambiente, é usar o nosso caboclo para captar recursos internacionais, mantendo-o isolado, sem emprego, sem renda e doente. E sem ZEE! Só falam em BIOECONOMIA!
Sigo fazendo a minha parte!
Abaixo, matéria recente da SEPROR falando do programa ao qual me referi.
THOMAZ RURAL
