Opinião/Informação:
Esse ACT é fruto do recurso do Banco Alemão KFW, um total de R$ 75 milhões, que está sendo investigado pelo MPC/TCE-AM devido à ligação entre a SEMA e a ONG FAS. Como dito no título, a FAS ficou com o dinheiro do banco alemão, e os servidores do Estado têm que trabalhar de graça – o chamado 0800.
O banco alemão se reuniu com a AFEAM (2021), em uma reunião onde ainda usavam máscaras. Também houve reuniões com duas gestões do IDAM, sendo que, em uma delas, ainda com máscara, estava o Valdenor no comando do IDAM. Após a primeira reunião na gestão de Bolacha/Valdenor, houve outra na gestão de Daniel Borges, que na época presidia o IDAM e hoje comanda a SEPROR.
Após reunião com o IDAM, o representante do banco alemão afirmou: “Gostei de ouvir a explanação do IDAM e saber do alcance do IDAM.” Mesmo assim, o banco optou por uma ONG que tem apenas uma sede na capital, nem de longe se compara com a estrutura que o IDAM já tem.
Um site do Pará divulgou que um “Projeto ambiental do Pará foi selecionado para receber recursos do Fundo Floresta”. O valor é o mesmo divulgado no Amazonas, e novamente a ONG FAS ficou responsável pela movimentação financeira no Pará.
É impressionante como essa ONG ambientalista tem estrutura para atuar no Amazonas, Pará e outros estados. O representante do banco alemão elogiou o alcance do IDAM, mas escolheu uma ONG sem alcance nenhum – ou quase nenhum para atuar em dois estados da gigante Amazônia.
Na parte do ACT com a SEDECTI, abaixo, fica claro que o dinheiro fica com a ONG FAS, enquanto os servidores do Estado entram apenas com o trabalho. Servidores que lutam por aumento salarial terão que trabalhar de graça. Compare o salário do estado com os da ONG FAS.
A primeira ação deveria ser o ZEE, jamais o Plano de Bioeconomia, por razões óbvias. O ZEE é aprovado na ALEAM e sancionado pelo governador, como foi feito em Roraima, com apoio de reconhecidos doutores em clima e ambiente da UFAM.
O ZEE deve vir antes do Plano de Bioeconomia. Esse dinheiro do banco alemão deveria ser investido no ZEE, uma política ambiental ignorada por alguns ambientalistas. Importante esclarecer que a SEDECTI não tem qualquer responsabilidade sobre o que está acontecendo. Assim como outros órgãos do governo, a SEDECTI é consequência de uma decisão tomada no passado. Vem mais ACT por aí…
Está claro que esse recurso deveria ter ido diretamente para o caixa do Estado, e não para uma ONG sem estrutura para operar milhões. O Estado já tinha essa estrutura e economizaria muito mais. Qual razão foi para a FAS já que o assunto já vinha sendo discutido com o estado há anos?
Sigo fazendo minha parte. Enquanto isso, o caboclo segue na miséria, esperando dias melhores – e o futuro de alguns ambientalistas não chega nunca.
THOMAZ RURAL







