Opinião/Informação:

Esses dados são de 2022, mas a situação se repetiu em 2023, 2024 e continuará igual em 2025 se a gestão mantiver o mesmo comportamento.

De imediato, fica evidente que a maior parte das aquisições está concentrada em empresas (R$ 11,8 milhões sem licitação), enquanto as menores aquisições ocorrem justamente nos grupos que reúnem o maior número de produtores rurais (associações e cooperativas, aqui sim, não precisaria licitar).

Outro ponto que não pode passar despercebido: no item pessoa física, há CPFs fornecendo milhões principalmente no item “CARNES”. Será que são carnes produzidas no Amazonas? A ADAF responde facilmente essa pergunta, é só apresentar os nomes.

Não defendo a troca de gestão, mas a mudança de atitude. O Leandro saiu injustamente, não mudou nada. Do jeito que está, poucos estão se beneficiando, enquanto o desgaste do governador com o produtor rural só aumenta a cada nova operação da ADS. As urnas já deram um recado claro em Parintins, Manacapuru e Manaus.

Acompanhei o governador em 2018, um dos primeiros aliados, a onda do “20” nem havia chegado. Faço parte do setor há 40 anos, gosto do Wilson, se a eleição fosse hoje teria meu voto ao senado, o outro no Plínio. Mas ainda aguardo algumas resposta da CPI das ONGs, em especial a “assistência técnica” de milhões pagas pela FAS e a remuneração dos dirigentes. Comigo não tem muro, nem Lula, nem Bolsonaro. Sou Amazonas! Defendo os resgates que Wilson fez e que os ex governadores largaram de mão o setor rural(atraso na subvenção, ficamos sem parque, sem expoagro, temos o garantia safra, livre aftosa sem vacinação, programa combate ao desperdício, entre outros). Com relação ao assunto PREME, lembro que já ocorreram duas audiências públicas, tendo o deputado Adjuto à frente, com a participação de vários produtores e entidades (FETAGRI, UNICAFES, FAEA, OCB). Mas, até agora, nada muda. Até quando a ADS vai ignorar? Estou avisando! Quem está perdendo é o governador Wilson Lima, que não merece esse desgaste pelo que já fez ao setor primário.

O produtor rural não fala porque tem receio de retaliação. Eu entendo! Até eu tenho recebido algumas ligações, todas encaminhadas aos órgãos competentes para ciência e acompanhamento. Nada contra pessoas, mas contra atitudes que desgastam o Wilson, com quem estive muito próximo em 2018, ouviu e atendeu várias demandas.

THOMAZ RURAL