Opinião/Informação:
A SEMA, comandada pela FAS há mais de uma década, não mantém diálogo com o Legislativo, o setor produtivo ou a ciência representada pela EMBRAPA. Basta verificar quantas vezes o titular da SEMA participou de reuniões na Comissão de Meio Ambiente da ALEAM (responsável pela legislação), quantos encontros teve com a SEPROR e quantas visitas realizou à EMBRAPA. Poderia citar outros exemplos, mas esses já são mais do que suficientes.
A palavra-chave do artigo do economista Osíris Silva, ex-titular da SEFAZ-AM e produtor rural, é “LEGISLAÇÃO E LICENCIAMENTO AMBIENTAL”, essencial para o avanço da piscicultura. O articulista baseia sua análise em um estudo recente do Instituto Escolhas, sediado em São Paulo.
O grande entrave está na gestão ambiental do Amazonas, comandada pela Fundação Amazonas/Amazônia Sustentável (FAS) desde o governo do ex-governador Eduardo Braga e mantida na atual gestão de Wilson Lima. A área ambiental não dialoga com ninguém—nem mesmo o Zoneamento Econômico Ecológico (ZEE), uma ferramenta fundamental, foi implementado.
Como consequência, empreendedores do Amazonas já migraram para outros estados, e essa tendência deve continuar. Nenhum gestor da Compensa demonstra coragem para romper esse ciclo, devido à dependência da captação de recursos internacionais que essa estrutura proporciona.
Em 2019, tínhamos metade do Amazonas na pobreza, hoje esse número já chega a 65.6%. Fazendo o mesmo, com os mesmo, só pode dar nisso.
O coronel Menezes se encaixaria perfeitamente na SEMA ou na AFEAM.
THOMAZ RURAL
