Falou em Cibrazem, Conab, mas discordo do Ciro Gomes.

Opinião/Informação:

Gostei do Ciro ter lembrado da CIBRAZEM (onde comecei) e da CONAB (onde terminei minha atividade profissional). O caminho que ele aponta no vídeo foi muito utilizado no passado, e o Lula 3 prometeu retomá-lo, mas não fez. No entanto, repito: o mercado nacional e mundial mudou, e manter estoques regulares não é mais tão simples. Em alguns casos específicos, pode até ser viável, mas para alimentos básicos, no momento, não há como.

Tomemos o exemplo do café, cujo preço alto virou até meme nas redes sociais. Pergunto ao Ciro: quem venderia para o governo em um mercado tão aquecido como o atual? Ninguém! A realidade do mercado inviabiliza essa estratégia.

Outro exemplo: há décadas o governo não mantém estoques públicos de soja. O motivo? O mercado está aquecido, sem necessidade de intervenção estatal. Se o governo entrar nessas situações, precisará pagar preços elevados, tornando a operação inviável. O mesmo vale para arroz, feijão e milho. Em casos pontuais, é possível formar estoques de milho, mas não é uma tarefa simples. O governo federal tem preços fixados para intervenção, aumentar esses preços para fazer estoque é aumentar a inflação. Sem sentido!

Para ilustrar ainda mais, vejamos um caso fora do setor alimentício: seria possível formar estoques públicos de juta e malva hoje? Claro que não! A produção é imediatamente absorvida pelas indústrias.

O que deve ser feito em relação às fibras e aos alimentos? Aumentar a produção! E aqui entra o meu Amazonas e algumas soluções.

É fundamental acabar com a corrupção, que prejudica mais do que o preço alto na prateleira.

Quem recebe supersalários deve ter consciência de que seu papel é combater a corrupção e garantir que as políticas públicas alcancem quem realmente precisa.

Nós estamos bem, temos como comprar, mas muitos não têm.

Esses mesmos supersalários deveriam abrir investigações sobre a movimentação das ONGs ambientalistas no Amazonas. A farra é grande!

Também é essencial ampliar a produção de alimentos, incluindo o Amazonas. Com maior oferta, os preços caem. O estado tem potencial para cultivar arroz, feijão, milho, soja e criar animais (aves, bovinos, peixes, carneiros etc.), mas enfrenta barreiras impostas por falsos ambientalistas que boicotam nosso desenvolvimento. Sem ZEE (Zoneamento Ecológico-Econômico), regularização fundiária, licenciamento ambiental e crédito rural, ficamos estagnados.

A EMBRAPA já provou que o Amazonas pode produzir tudo isso sem prejuízo ao meio ambiente. No entanto, estamos engessados. Nossa bancada está, em sua maioria, alinhada, no colo do governo federal, e o estado é comandado por ambientalistas que atendem aos interesses europeus, impedindo nosso crescimento desde 2003. Resultado? Dependemos da importação e pagamos café a preço de ouro.

Respeito muito a inteligência do Ciro, mas é preciso enxergar a realidade do mercado e agir de forma prática para resolver o problema. Estoque público ficou no passado, hoje só em casos pontuais, e olhe lá!

THOMAZ RURAL

Participe do nosso grupo no Whatsapp e seja o primeiro a receber as notícias do blog ThomazRural!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Participe do nosso grupo no Whatsapp e seja o primeiro a receber as notícias do blog ThomazRural!