“…fatos acendem um alerta…” (artigo e comentário)

Opinião/Informação:

O Amazonas enfrenta hoje um cenário preocupante de descaso por parte dos governos e de travas ambientais promovidas por ONGs ambientalistas que, embora se apresentem como defensoras do meio ambiente, acabam comprometendo o desenvolvimento sustentável do estado. Essas limitações, que barram o crescimento do agro familiar e empresarial sustentável, ignoram as soluções já disponíveis em estudos e tecnologias da EMBRAPA, deixando-nos dependente do modelo econômico baseado no PIM/ZFM. Um retrocesso a esse modelo, sem alternativas claras e diversificadas, seria desastroso para o Amazonas, rico em biodiversidade, mas carente de estratégias que fomentem seu desenvolvimento de forma integrada. Nem ZEE temos porque os ambientalistas não querem.

O presidente da FIEAM expõe, em artigo publicado hoje no Jornal A CRÍTICA, sua legítima preocupação com o atual cenário do país. A dependência de importação de alimentos básicos no Amazonas é uma vulnerabilidade grave que se torna crítica em momentos de crise. Quando esses momentos chegam, a lógica é clara: cada estado ou país prioriza seu estoque interno, deixando os mais dependentes em situação de abandono.

A insistência nesse debate é necessária. Precisamos que nossos empresários e lideranças locais repensem parcerias que, de fato, travam o desenvolvimento do Amazonas. As ONGs ambientalistas, com ações comprovadamente prejudiciais, não têm contribuído para o avanço da economia local, mas para o isolamento do estado e para o aumento dos custos – como no caso emblemático da BR-319. Essa estrada, que deveria ser um vetor de integração e desenvolvimento, permanece em estado crítico, prejudicando não só o fluxo de mercadorias e pessoas, mas também a conexão do Amazonas com o restante do país.

CIEAM e SUFRAMA têm um papel fundamental nesse contexto, tem que repensar as parcerias. É urgente que voltem seu olhar para as soluções reais, como as apresentadas pela EMBRAPA e especialistas do setor. O Chefe Geral da EMBRAPA, que já palestrou tanto no auditório do CIEAM quanto no da FIEAM, apontou caminhos viáveis para o desenvolvimento sustentável, unindo as dimensões econômica, social e ambiental. Essa é a verdadeira ciência que o Amazonas precisa abraçar, não a que trava, mas a que liberta o potencial do estado. Já ví, fiquei feliz, o vice-governador Tadeu de Souza visitando a EMBRAPA. Esse o caminho!

O ex-ministro Roberto Rodrigues é categórico ao afirmar: “Não haverá paz enquanto houver fome.” Infelizmente, a fome já atinge quase 70% dos amazonenses. Essa realidade reflete-se no aumento da carga sobre os hospitais e na piora da educação e segurança pública, criando um círculo vicioso que compromete ainda mais o desenvolvimento do estado.

Portanto, é hora de priorizar ações concretas e práticas. O Amazonas possui todas as condições para ser referência em desenvolvimento sustentável, desde que as travas sejam superadas e os investimentos sigam na direção correta, guiados por ciência séria, visão econômica e responsabilidade social.

Esse debate é urgente e inadiável. Que possamos refletir e agir antes que a dependência e a inação aprofundem ainda mais a desigualdade e a insegurança em nosso estado.

THOMAZ RURAL

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