Opinião/Informação:
O governo federal cometeu um erro grave ao não reajustar o preço mínimo da borracha, pirarucu, açaí, buriti, castanha-do-brasil e murumuru. Isso representa um golpe nos extrativistas, especialmente considerando que o preço mínimo não cobre o custo de produção – o que é, por si só, absurdo. Sempre defendi que a política da PGPMBio deveria incluir um plus ambiental, um incentivo que valorizasse ainda mais o papel dos extrativistas na preservação, mas ninguém parece se importar. Enquanto isso, a corrupção corre solta, e o dinheiro continua fluindo para ONGs, que gastam em consultorias e eventos de pouca utilidade para quem realmente precisa.
Vi que a piaçava teve um reajuste, passando de R$ 2,98/kg para R$ 3,42/kg. Mas fica uma pergunta no ar: em 2024, quanto a Conab do Amazonas pagou efetivamente aos piaçaveiros como subvenção? Acho que o MPF/AM deveria questionar a SUREG-AM sobre isso, além de pedir informações sobre o número de extrativistas realmente beneficiados.
E quanto aos membros da CATRAPOA (não todos), que pediram minha exclusão do grupo porque não aceitam críticas ao atual governo, o que estão fazendo em benefício dos extrativistas? Será que estão trabalhando para melhorar a situação, ou apenas marcando reuniões para discursos vazios e agendando novos encontros?
Eu sigo na defesa dos extrativistas, como sempre fiz. Ter uma política e não ser eficiente é o mesmo que não ter.
THOMAZ RURAL
