Opinião/Informação:
Quando afirmo e escrevo que apenas o básico, o famoso ‘feijão com arroz’, já seria suficiente para impulsionar significativamente o nosso AGRO familiar e empresarial, alguns podem achar que estou exagerando. Mas não estou! O que trago à tona agora é algo que já destaquei diversas vezes: uma ferramenta de apoio à comercialização que permanece quase totalmente desconhecida pelo setor primário do Amazonas e pelos nossos produtores rurais, e isso por diversos motivos.
Um dos principais é a falta de esforço do MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário) e da CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento) em divulgar sua existência e explicar sua relevância. Outro grande obstáculo é que essa ferramenta só funciona para produtores que acessaram o PRONAF, que, infelizmente, continua sendo um verdadeiro caos no Amazonas, com pouquíssima aplicação.
Você já se perguntou quantos funcionários o MDA possui no estado do Amazonas? E a CONAB, que define os preços do PGPAF, quantas palestras ou eventos de orientação realizou para explicar esse instrumento aos produtores? Quantos prefeitos, sejam eles eleitos ou reeleitos, realmente entendem o que isso significa? O mesmo vale para os secretários municipais de produção.
É uma realidade triste. Enquanto isso, os recursos disponíveis seguem para outras unidades da federação, mais estruturadas e informadas, enquanto o Amazonas fica à margem. E o mais alarmante: nossos deputados estaduais continuam ignorando esses recursos externos, que poderiam fazer toda a diferença para o interior do estado.
A mudança começa com a informação e com a conscientização. É urgente que essa realidade seja transformada para que o Amazonas possa aproveitar as oportunidades disponíveis e promover o desenvolvimento do nosso setor primário.
Um dia isso muda!
THOMAZ RURAL