Cursos gratuitos, mas inacessíveis: O preço da exclusão digital. Brincam com nosso povo…

Opinião/Informação:

Infelizmente, a realidade demonstra como é fácil manter o caboclo em situação de vulnerabilidade. Dados oficiais revelam que a região apresenta o pior acesso à internet, apesar de bilhões terem sido investidos e ficado no meio do caminho. Contudo, iniciativas essenciais, como a instalação de antenas Starlink, foram “esquecidas” ou simplesmente “não priorizadas”. Isso gera um impacto direto: os caboclos que preservam a floresta acabam excluídos de cursos gratuitos oferecidos por instituições como EMBRAPA, SENAR, SEBRAE, SESCOOP, SEPROR, IFAM, SESI, SENAI e outras.

A desinformação e a dependência tornam-se instrumentos para perpetuar práticas como a compra de votos durante eleições. Essa situação é ainda mais agravada pela ausência de um Zoneamento Econômico Ecológico (ZEE), falta de internet, rios cada vez mais secos (de responsabilidade dos países poluidores), a inexistência de uma BR-319 funcional, falta de água tratada e a dependência de cestas básicas (“ranchos”), frequentemente usadas como moeda política. Nesse cenário, a imposição da “bioeconomia” é brincar com quem está doente, sem emprego e com fome no dia de hoje.

É preciso acordar, Amazonas! Com acesso à energia elétrica e internet, os caboclos e suas famílias podem acessar cursos GRATUITOS e CERTIFICADOS, capacitando-se para práticas sustentáveis. Com orientação técnica, é possível plantar o básico, reduzir a dependência de cestas básicas e fomentar a autonomia alimentar e econômica. A perpetuação desse ciclo de dependência favorece apenas os políticos, que aproveitam para posar para fotos enquanto distribuem ranchos e fazem discursos vazios. Idem as ONGs ambientalistas fato constatado na CPI das ONGs no senado federal.

Chegou a hora de mudar essa realidade. Investir em infraestrutura e acesso à informação é essencial para que a população do interior do Amazonas possa construir um futuro mais justo, sustentável e livre de manipulações políticas.

THOMAZ RURAL

O Censo Demográfico 2022 trouxe, pela primeira vez, informações sobre o acesso à Internet nos domicílios brasileiros, revelando um dado expressivo: 89,4% da população vivia em lares com acesso à rede. No topo do ranking, o Distrito Federal destacou-se com 96,2% da população conectada, enquanto o Acre ficou na outra ponta, registrando a menor proporção, com 75,2%.

Nenhum município atingiu 100% de acesso à Internet, mas 179 localidades superaram os 95%, sendo a maioria delas (98) concentrada na Região Sul. Entre os dez municípios mais conectados, oito estão em Santa Catarina. Em contraste, 33 municípios apresentaram menos da metade de sua população com acesso domiciliar à Internet, e 32 desses estão localizados na Região Norte.

A desigualdade também se reflete nos recortes por cor ou raça. Entre os indígenas, quase metade não possui acesso à Internet em casa, representando o maior percentual entre os grupos. Pretos e pardos também enfrentam barreiras, enquanto entre os brancos e a população de cor ou raça amarela, os números de desconexão são menores.

Por faixa etária, o cenário mais positivo está entre jovens adultos de 25 a 39 anos, onde 92% residem em domicílios com acesso à Internet. Já entre pessoas com 70 anos ou mais, a conectividade é menor, com 72,4% vivendo em lares conectados. Esses dados evidenciam não apenas avanços na inclusão digital, mas também os desafios que persistem em diferentes regiões e segmentos da população brasileira. (IBGE, 2022)

Participe do nosso grupo no Whatsapp e seja o primeiro a receber as notícias do blog ThomazRural!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Participe do nosso grupo no Whatsapp e seja o primeiro a receber as notícias do blog ThomazRural!
%d blogueiros gostam disto: