Opinião/Informação:
Recebi uma mensagem questionando a diferença no valor do auxílio-alimentação dos servidores da SEPROR (R$ 500,00) em relação aos da DEFENSORIA PÚBLICA (R$ 1.750,00). Pesquisando, notei que, além do Sistema SEPROR, há outros órgãos com valores próximos de R$ 500,00. Por exemplo, o IPAAM paga R$ 800,00. Já na ALEAM, o auxílio está em R$ 1.500,00 (outro poder, mas financiado pelo mesmo caixa público). No DETRAN, o valor é de R$ 1.000,00. Não sei exatamente os valores do TCE, MP ou TJ, mas certamente superam os R$ 500,00 pagos aos servidores da SEPROR. No meu ponto de vista, essa diferença tão gritante não faz sentido. Alimentação é um direito básico e essencial para qualquer família, mas, paradoxalmente, os maiores valores de auxílio estão sendo direcionados aos servidores com os maiores salários. Para mim, a lógica deveria ser inversa: aqueles que recebem os menores salários deveriam ter um auxílio-alimentação maior. Essa diferença não só contraria os princípios de justiça social, como também prejudica as condições de vida daqueles que mais dependem desse benefício. Não sou contra o valor pago a nenhum órgão, tampouco defendo que se diminua o auxílio de quem já o recebe. No entanto, não tenho dúvidas de que é possível melhorar essa situação. Alegar falta de recursos como justificativa para essa disparidade não se sustenta, por razões óbvias. Há décadas, sabemos que existe um “ralo” constante que consome recursos públicos, uma sangria que parece interminável. Mais recentemente, com o uso desordenado das emendas parlamentares, percebe-se a abertura de um novo “ralo”. Embora existam exceções na gestão pública e no uso das emendas, essas exceções deveriam ser a regra, e não o contrário. Reorganizar os valores do auxílio-alimentação para beneficiar quem mais precisa seria um passo importante para corrigir essa distorção. Afinal, o papel do Estado é garantir equidade, priorizando políticas que protejam os trabalhadores mais vulneráveis.
THOMAZ RURAL
