Opinião/Informação:
Confesso que fico muito preocupado com essas suspensões com a justificativa de que só será liberado “…até que sejam ouvidas as comunidades indígenas e tradicionais impactadas pelas atividades…”. É a mesma situação do Potássio de Autazes. A pendência vem justamente de um público não consultado que vive miseravelmente no interior do Estado, do Amazonas. Então, qual a razão de tantos anos para realizar uma “consulta”? Recentemente, o ICMBio, com participação do TCE-AM, criou a REVIS do Sauim de Coleira. Será que todos os envolvidos, os produtores rurais impactados pela área e fora dela foram consultados? Penso que num estado preservado, mas com 65.6% abaixo da linha de pobreza, com um bolsa floresta de miséria de 50 reais por longos 14 anos para menos de 1% do público que deveria ser beneficiado, toda ação de geração de renda deveria ser pautada com urgência urgentíssima, principalmente se a pendência for a consulta aos envolvidos, o que me leva a crer que o lado técnico, a questão sustentabilidade esteja resolvida. Sempre bom lembrar Josué de Castro quando disse que “…Metade da humanidade não come; e a outra não dorme, com medo da que não come...”. Não quero, nem sugiro nada errado, mas a Noruega, que coloca recursos no Fundo Amazônia, já está articulando mineração em mar profundo. Qual a dificuldade para fazer essa consulta?
THOMAZ RURAL