Opinião:
Não sei que lado tem razão, mas, convenhamos, não é nada normal o TCE-AM, pelos nobres objetivos de sua missão, ter na imprensa, diante de fatos ocorridos no próprio TCE-AM, citações de supostos “golpes“, “pegou mal o projeto de lei”, “votação relâmpago na ALEAM“, “à revelia”, “sem análise” (tribunal que tem como missão analisar contas). No mínimo, faltou diálogo interno, o presidente afirmou que “não foi previamente discutido comigo”
Não pegou bem, não passou uma boa imagem ao público externo. Repito, sua missão é nobre, é colocar o recurso público no trilho do combate à fome que já bate na porta dos 60% da população no Amazonas, estado mais rico e preservado do mundo (97%), mas que está inalando fumaça pelo desmatamento e modelos econômicos na Europa e de outros países que aqueceram o planeta. Entendam, querem mostrar o contrário para captar mais recursos internacionais, mas com 97% de floresta intacta não temos como ser culpados de nada. Vamos manter o verde intacto, mas os ambientalistas do Amazonas nunca foram competentes para colocar um centavo em nosso bolso de crédito de carbono, REDD+ e Concessão Florestal, em especial no interior do estado que preservou a floresta em pé. Nem ZEE temos, e o TCE precisa cobrar, pois canaliza a melhor aplicação do recurso público.
Não sei o que está por trás disso tudo, mas a briga pelo poder é muito grande. Espero, sinceramente, que essa luta seja para colocar comida na mesa de quem não tem, pois povo alimentado diminuiu as idas ao pronto socorro, melhora o aprendizado e reduz a violência.
Já faz tempo que sou contrária à indicação do executivo estadual e federal de membros ao MP, TCE, TCU, STJ, TJ, STF e por aí vai…não faz sentido algum indicar nomes que irão julgar minhas contas depois. A escolha deve recair por membros dos próprios órgãos, técnicos que estudaram para entrar nos complexos e difíceis concursos.
THOMAZ RURAL