Opinião:
Reflexões sobre essa matéria do VALOR desta semana:
- Apesar de termos um dos piores acessos do produtor rural ao CRÉDITO RURAL do BB, BASA e CAIXA, estamos com a TERCEIRA maior inadimplência do Brasil;
- Em síntese, acessamos poucos recursos, mas inadimplência alta;
- Os motivos eu já venho regularmente expondo neste espaço e nas minhas colunas do JC desde 2003;
- Este cenário é o que nos levou a ter 50% do estado com fome em 2018, e quase 60% em 2023;
- Travas para produzir, exportar empreendedores e nenhum centavo no bolso pelo serviço ambiental prestado ao mundo. Esse “futuro” da área ambiental não chega NUNCA para quem realmente precisa;
Contudo, essa pesquisa do Serasa Experian mostra a importância do AGRO no cenário econômico…
- A população adulta negativada é de 42,7%, mas a taxa de quem está no AGRO é bem mais baixa;
- O produtor rural com mais de 60 anos é o de menor inadimplência;
- As regiões produtoras tem a menor inadimplência;
- A maior parte dos produtores consegue evitar a inadimplência;
- Os itens acima mostram a importância do AGRO;
- Concordo com a matéria ao usar os termos “…do AGRO familiar ao AGRO exportador...”;
- A pesquisa reforça a questão da necessidade do planejamento financeiro, que é um dos focos da ATeG do SENAR que vem crescendo no Amazonas com turmas concluídas e destaques em nível nacional;
O que fazer no Amazonas:
- Estamos no maior estado do Brasil, um dos maiores do mundo. Aqui cabem 13 estados do Brasil. É sempre bom lembrar esse “pequeno” detalhe;
- Como o Estado não tem grana (usar ditado popular), todo recurso do Fundo Amazônia deveria ir para ZEE, RF, LA, CAR, CAF, STAR LINK e energia SOLAR no interior. Abaixo, detalho essas siglas. Usar tecnologia, satélites para pagar serviços ambientais e liberar a licença ambiental. Fora isso é TUDO enrolação;
- Projetos de bioeconomia (só após o ZEE). Aliás, inventaram esse “novo” ter que é a “bioeconomia” como a salvação da Amazônia só para alguns ambientalistas aproveitarem as promessas não cumpridas e renova-las com outras palavras. Tem pesquisador da Embrapa que, em recente entrevista ao JC, disse que já fazemos (bioeconomia) há décadas. Ele tem razão!
- Todo novo projeto teria de ter o parecer final do IDAM/SEPROR, afinal é quem tem capilaridade e conhecimento de renda digna. Passando pelo CEDRS e pelo Comitê da ALEAM (eleitos pelo povo). Deixar solto como ficou no passado é chover no molhado e ver a pobreza crescer;
ZEE = ZONEAMENTO ECONÔMICO ECOLÓGICO
RF = REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA
LA = LICENCIAMENTO AMBIENTAL
CAR = CADASTRO AMBIENTAL RURAL
CAF = CADASTRO DO AGRICULTOR FAMILIAR
STARLINK = INTERNET barata e de qualidade
ENEGIA SOLAR = funcionar a ANTENA STARLINK para acessar os diversos cursos gratuitos que geram renda sem inventar a RODA
Repito, qualquer NOVO projeto de “BIOECONOMIA” deve passar pelo IDAM/SEPROR, CEDRS e COMITÊ DA ALEAM. Estou avisando! NÃO DEIXEM O FUNDO AMAZÔNIA SOLTO. SÓ O BANCO ALEMÃO TÁ INJETANDO R$ 78 MILHÕES. SEI QUE ELES FORAM OUVIR O IDAM (mostra que eu estou certo), mas o dinheiro foi para FAS.
O que será feito com esses R$ 78 milhões (parte para o Pará) tem que ser TRANSPARENTE, passar pelo IDAM e CONSELHOS. Será que o Pará sabe que uma ONG do AmaZONAS, com sede em Manaus, vai fazer bioeconomia no Pará?? Vai contratar toda a estrutura, fazer parceria com quem? Se o dinheiro fosse direto seria mais rápido e muito mais barato.
THOMAZ RURAL