“…Amazônia apresenta condições favoráveis ao desenvolvimento de matrizes econômicas com invejável potencialidade…”. Concordo, mas sem mudar a área ambiental do estado não iremos avançar…

Minha Opinião:

Concordo, plenamente, com essa afirmativa onde incluo o AGRO familiar e sustentável com as tecnologias já disponíveis na EMBRAPA que alguns doutores em clima e ambiente insistem em ignorar, não conhecer, sequer visitar aqui na AM-010. Saímos de 49% de pobres em 2018 para 58% em 2022. Dados oficiais! Se é isso que queremos, vamos continuar com os mesmos métodos e interlocutores ambientais. Eu não quero! Atrapalham quem quer produzir, nem Pronaf agroecológico anda por aqui, e nunca transformaram nosso verde em reais para o guardião da floresta, para o nosso povo.

Acrescentaria ao artigo a necessária e urgente conclusão do nosso ZEE – Zoneamento Econômico Ecológico enrolado pela área ambiental do estado, com apoio de terceiros, desde 2003. Não entendo o motivo da comissão de meio ambiente da ALEAM não perguntar o motivo de um política ambiental não ter sido prioridade nas duas últimas décadas.

O ZEE de Roraima feito com ajuda de amazonenses da UFAM este ano e já sancionado pelo governador de lá. O ZEE é indispensável ao estado, sem ele não anda NADA. Se andar, é só enrolação em nome da bioeconomia.

Com relação ao crédito de carbono, concordo que pode ser aliado, mas é inaceitável termos 97% preservado e nenhum centavo colocado no nosso bolso pela proteção da floresta que fazemos ao mundo e que está custando caro, pois já estamos batendo na porta de 60% de pobres.

O assessor do atual ministro da agricultura do Brasil disse que, nos Estados Unidos, quando se deseja que ninguém compareça à reunião, é só falar que a pauta é crédito de carbono.

Por aqui, o jornal ÀCRÍTICA foi feliz quando deu a seguinte manchete: “bagunça fundiária trava o mercado de CO2“.

Alguns doutores em clima e ambiente do Amazonas sabem de tudo isso, mas ficam ganhando tempo e enrolando o povo que mais precisa do ZEE, da regularização fundiária, do licenciamento ambiental, do crédito de carbono, REDD+ e concessão florestal.

Repito, concordo que temos todas as condições de gerar novos negócios, mas sem destravar o que citei acima não iremos avançar, vamos exportar empreendedores para outros estados.

THOMAZ RURAL

Artigo publicado esta semana no Jornal ÀCRÍTICA

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