NA CPI DAS ONGS A DEPUTADA E LÍDER INDÍGENA SILVIA WAIÃPI, DO AMAPÁ, DENUNCIOU A EXISTÊNCIA DE UM CÁRCERE VERDE, CRIADO POR ONGS ESTRANGEIRAS PARA IMPEDIR QUE ÍNDIOS E RIBEIRINHOS SE DESENVOLVAM, IMPONDO A POBREZA QUE LEVA MULHERES Á PROSTITUIÇÃO E TRÁFICO DE CRIANÇAS PARA ABUSO SEXUAL NO NORTE DO PAÍS. WAIÃPI ACUSA ONGS COMO A AMERICANA FUNDAÇÃO FORD DE PAGAR IDA DE ÍNDIOS BRASILEIROS AO EXTERIOR PARA FALAR MAL DO SEU PRÓPRIO PAÍS E ATENTAR CONTRA A ECONOMIA NACIONAL.
BRASÍLIA. Na sexta sessão de depoimentos, a CPI das ONGs ouviu hoje o relato da deputada Sílvia Waiãpi (PL-AM) sobre o que chamou de “cárcere verde” em que vivem enclausurados ribeirinhos e indígenas da Amazônia, em completa pobreza imposta pelas ações de ONGs financiadas por organismos estrangeiros, a ponto de obrigar mulheres a se prostituir nas estradas, situação que facilita o crime organizado a vender crianças de até cinco anos para que sejam usadas e abusadas sexualmente no Norte brasileiro.
Segundo a deputada, que repassou documentos á CPI, organizações não-governamentais , como a americana Ford, financiam indígenas brasileiros para falar mal do Brasil lá fora. Mostrando reportagem “Fundação Ford patrocina a delegação indígena crítica do agronegócio brasileiro na COP23”, Silvia Waiãpi disse que são essas organizações, como a Ford, que financiam indígenas para que atentem contra a economia de sua própria Nação, falando mal, inclusive, do agro brasileiro. Essas organizações pagam viagens para fora do país, para que esses indígenas venham a falar mal da sua própria nação.
Eu não estou aqui defendendo agro, mineração. Eu estou defendendo a Nação brasileira, que corre graves riscos quanto à sua soberania, porque a nação brasileira tem sofrido interferências de organizações não governamentais e instituições internacionais que querem impedir o desenvolvimento do Brasil e manter sob jugo e cárcere verde boa parte da população brasileira que vive no Norte do Brasil expôs a indígena, mostrando também vídeos com parentes pedindo socorro para instalação de energia elétrica e poços artesiano para água tratada, projetos que foram barrados por ONGs na região.
Presidente da CPI , o senador Plínio Valério (PSDB-AM) lamentou que situações dramáticas como essas sejam ignoradas por setores da sociedade , Imprensa e órgãos do Estado em conluio com as ONGs.
_ É triste constatar esse silêncio constrangedor de parte da grande mídia porque esse é o momento de discutirmos um modelo de conservação mais democrático ,ouvindo as comunidades locais ao invés de impor modelos Importados e colocados em prática na base do financiamento externo.
Com orçamento de nove dígitos esses grupos bancam estudos para demarcação de terras indígenas, áreas protegidas e reservas. O modelo imposto exclui os indígenas e as comunidades locais. Tudo é imposto de cima pra baixo _ lamentou Plínio.
O senador Plínio também encaminhou a CPI vídeos encaminhados por indígenas para que os membros da comissão tomem conhecimento das dificuldades impostas, causadas, criadas por algumas ONGs. No caso do Alto Rio Negro, é o Instituto Socioambiental, que prejudica essas etnias.
_ É de indignar todas pessoas de bem que respeitam seus semelhantes e querem uma vida melhor para todos. Está ficando cada vez mais claro que algumas ONGs são utilizadas para legitimar decisões arbitrárias de um modelo conservacionista traçado por grupos transnacionais que visam isolar áreas ricas em bens naturais. E a Amazônia é o principal alvo _ declarou Plínio Valério.