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Foi muito bom e descontraído o bate papo com o governador Wilson Lima sob o comando do presidente da FAEA, Muni Lourenço. Apesar da salutar descontração, os avanços e entraves não foram ignorados, pelo contrário, mencionados um a um. O Muni, assim como os presidentes dos sindicatos rurais presentes, tocaram em pontos que sabemos que devemos avançar, e o governador, com a humildade que lhe é peculiar, não fugiu ao debate, assumindo, claramente, os pontos que devemos melhorar, e que já vem de décadas. Este é um lado positivo do Wilson que conheci em campanha, a humildade, verdade e o saber ouvir.

Wilson foi feliz quando disse que é preciso um PACTO MUNDIAL que venha a beneficiar as pessoas que protegeram e protegem a floresta. Ele afirmou, e eu já sabia, que a pressão nacional e internacional em cima da preservação dos 97% das nossas florestas é inimaginável. Ele disse que essa pressão esquece o SER HUMANO que nela vive, e que FOTOS de queimadas são levadas ao EXTERIOR passando a impressão de que todo o Amazonas está pegando fogo. Quem acompanha meu blog sabe que já falei sobre isso, e até já mostrei sites, do próprio governo, que divulgam essas fotos que não traduzem a realidade do AmazONAS. O que mais me deixa triste é que, em determinados momentos, são pessoas que aqui vivem, sabem da miséria no interior, que propagam, numa dimensão que não é a verdadeira, essa imagem negativa do nosso estado no Brasil e no mundo. Isso prejudica nossa economia em todos os sentidos. Felizmente o governador sabe disso, deixou claro, e por isso admiro e respeito o Wilson Lima. Ele não tapa o sol com a peneira, assume, sabe que é difícil resolver, não depende só dele, e por isso prega um PACTO MUNDIAL. Sempre disso isso aqui e no JC. Wilson tá certo, já chega de salvar o planeta de graça, já chega de produzir os tais “rios voadores” com o caboclo na miséria.

O governador também assumiu que o ZEE precisa sair acabando com a espera de longos anos, de décadas, e que o licenciamento ambiental está entre as pautas prioritárias de seu governo que precisam avançar.

Também concordo com o govenador quando afirma que tem que acabar com a visão romântica sobre alguns aspectos do nosso estado. Ele disse que visitou no domingo passado uma das maiores comunidades indígenas do mundo, que fica em Tabatinga. Ele ficou impressionado com as condições de vida da comunidade. Os indígenas pediram internet, banco, asfalto e água. O governador disse que eles estão corretos. Também penso da mesma forma. TODOS tem que ser beneficiados com a preservação da floresta, não somente poucos, não somente as “lideranças” que vivem atravessando o oceano atlântico rumo a Europa com lindos discursos, imagens e captando recursos para proteger o que já está protegido. Sem mudar a dura realidade de quem vive no interior. Tenho orgulho de ter participado da mudança na regra do PNAE para comprar de produtores indígenas com destinação para escolas de seus filhos. Isso não é discurso, é prática que foi levada e copiada pelo Brasil.

Muni, Antonio Silva e Aderson Frota destacaram o trabalho do Petrucio e equipe, assim como do governo estadual.

O governador foi acompanhado do Flávio Antony, Sérgio Litaiff, Petrucio, Alexandre, Tomás/Idam e Juliano Valente.

Olha que tenho décadas de setor primário, mas confesso que foi a primeira vez que presenciei um bate papo longo, organizado, técnico e direto com o governador que está no comando da “Compensa”. E não foi a primeira vez que ele foi até a FAEA.

Que venham outros momentos iguais a esse, pois só o AGRO familiar e empresarial reduz a vulnerabilidade social e econômica do interior.

THOMAZ RURAL