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A falta de agilidade no licenciamento ambiental é sem dúvida o maior entrave ao desenvolvimento do Amazonas, em especial do setor agropecuário local. Não estou culpando A ou B, até porque já vem de outros governos, de longas datas. Não é a toa que o deputado Tony Medeiros, que tem sido um dos maiores, talvez o parlamentar que tenha pautado o setor primário com maior intensidade em pouco tempo de mandato, tem procurado o IPAAM para encontrar uma saída.
O governador já autorizou o concurso, vai melhorar logicamente, mas não vai ser suficiente diante das nossas dimensões geográficas.
O IPAAM não pode atender no varejo, somente quem procura, insiste e persiste (muito disso pela pouco estrutura). Tem que ter um atendimento automatizado usando a tecnologia para cumprir os prazos estabelecidos em projeto do deputado Tony Medeiros.
Repito, não quero nem vou culpar A ou B, mas não pode continuar assim. Recentemente recebi mensagem de Anori, de um produtor que está desde 2014 esperando uma LO para criar quelônios e animais de pequeno porte.
Temos pressa, porque temos 2 milhões sem comer e um interior entregue a atividades ilegais. Temos um código florestal, temos a possibilidade do uso de 20%, então porque não sermos ágeis nessa direção. O concurso vai ajudar, mas não vai resolver. No Amazonas continental só o uso da tecnologia.
Deve ser um diálogo constante na próxima legislatura…se anda em Rondônia, Pará, qual o motivo de aqui ser travado? Os dados do Banco Central do Brasil mostram que continuamos patinando no acesso ao crédito rural, inclusive nos Pronaf´s agroecológicos.
Executivo, Legislativo e Judiciário precisam encontrar uma saída, urgente, tem gente que não tem o que comer no interior do estado. Só uma economia forte vira esse jogo que estamos perdendo para a fome. Espero que na próxima legislatura as Comissões de Meio Ambiente e do Setor Agropecuário sejam mais eficientes, trabalhem unidas, em reunião única.
THOMAZ RURAL
