Associação dos Amigos e Defensores da BR-319 contestam trecho da entrevista do Dr. Virgílio Viana

Opinião do BLOG >

Abaixo, transcrevo texto e vídeo da Associação dos Amigos e Defensores da BR-319 contestando trecho da entrevista do atual presidente da FAS, e ex-secretário de meio ambiente do governo Eduardo Braga, Dr. Virgílio Viana.

Ele afirma que o asfaltamento da BR-319 vai resultar em desmatamento e sugere uma ferrovia. Eu tenho outros pontos a ponderar sobre o conteúdo da entrevista que está nas páginas do Jornal ÀCRÍTICA, mas fica para outro momento, agora confesso que gostaria de conhecer a opinião do atual secretário de Meio Ambiente, Dr. Eduardo Taveira, sobre este assunto.

Observei que nesse grupo da AADBR-319 tem a presença de grandes autoridades, da OAB, CREA e de parlamentares federais pelo Amazonas.

Essa novela já tá igual ao crédito de carbono, que não sai nunca para o nosso defensor da floresta, e já vem sendo falado desde 2007 (também tá na entrevista).

Defendo o asfaltamento da BR-319 que com fiscalização não haverá desmatamento, assim como o fim da novela do crédito de carbono.

THOMAZ RURAL

A Associação dos Amigos e Defensores da BR-319 contesta a fala do Sr. VIRGÍLIO VIANA que apontou que não existe controle com posto fiscal na rodovia BR-319 e que a melhor alternativa para conectar as cidades de Porto Velho até Manaus seria por meio de uma linha ferrea, alegando que isso poderia barrar o avanço de um possível desmatamento.

Vamos explicar e mostrar as falhas dessa argumentação em duas parte: i) a rodovia BR-319 possui atualmente postos de fiscalização no trecho entre Manaus e Humaitá com a presença de instituições do Estado como Policia Civil, Policia Rodoviária Federal e Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas-ADAF com uma instalação no km 260 proximo ao Igapó Açú (em funcionamento desde 2020), estando ainda em processo de construção dois portais que vão abrigar essas e outras instituições do Estado para fins de potencializar a fiscalização ambiental e de crimes diversos no trecho do meio (km 250-655,5); ii) a rodovia BR-319 possui atualmente diversas unidades de conservação e terras indigenas que estão localizadas entre a rodovia e os rios Madeira e Purus, esses diversos territorios protegidos foram sendo delimitados para justamente barrar o avanço do desmatamento, além disso, ao longo da rodovia temos diversas casas, sitios, vilas e um distrito, onde a logica do transporte porta-a-porta em caminhões e em ônibus permitem que as pessoas e a produção seja escoada, algo complemente diferente quando se trata de uma ferrovia, a rigor é construída para o transporte de milhares de toneladas e no caso das margens da rodovia temos a produção de quilos de produtos, além disso, a construção e a operação de uma ferrovia atende demandas de grandes volumes de carga e não atenderia a população local, um trem não vai parar para transportar meia duzia de pessoas e 100 quilos de cupuaçu! Além disso, devemos pontuar que o debate da ferrovia foi feito uns 10 anos atrás no EIA-RIMA apresentado pela UFAM e DNIT, tal proposta não vingou. A construção de uma ferrovia poderia ocaionar outros impactos ambientais e atrasaria em décadas o processo de reconstrução da rodovia, que atualmente já apresenta a metade do percurso asfaltado e em manutenção.

Nós da Associação estamos acompanhando o processo de licenciamento ambiental e as obras de manutenção da rodovia e sempre cobrando do DNIT melhorias. Não vamos aceitar calados críticas sem fundamento que fazem da rodovia sem ao mínimo compreender a história e as demandas atuais.

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