Sinais de CRISE no preço do GUARANÁ em Maués

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A Conab precisa avaliar, com urgência, o mercado do GUARANÁ no Amazonas. Segundo relato recebido de Maués, de produtor, o preço de venda está bem abaixo do preço de referência publicado na RESOLUÇÃO 4.666, de 06/06/2018. Esse preço é de R$ 18,27 kg/Tipo 1.

Em 2017, o preço chegou a R$ 10,00 kg, e muitos produtores não conseguiram vender.

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Atualmente, estão pagando R$ 13,00 kg com poucos compradores.

Segundo relato, a principal alternativa para negociar a produção é a AMBEV, que faz uso de atravessadores na compra gerando preço ainda menores aos produtores.

A colheita começa em outubro, finaliza em novembro, mas o pagamento aos produtores só acontece em janeiro.

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A regional da Conab no Amazonas precisa colocar em pauta esse assunto. O próprio site da Conab registra o custo de produção do guaraná de Maués em R$ 22,79 kg (planilha abaixo). Uma das mais nobres missões da Conab é garantir o preço mínimo ao produtor rural brasileiro.

No meu entendimento, se realmente ficar confirmada as informações que recebi de Maués, um dos  caminho é voltar a incluir o GUARANÁ na PGPM para possibilitar o uso dos instrumentos de apoio à comercialização do Governo Federal, entre eles a AGF (Aquisição do Governo Federal).

Atualmente, apenas está disponível o FEE (Financiamento Especial para Estocagem) ao preço de referência de R$ 18,27 kg.

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É do meu conhecimento que o deputado Luiz Castro já está ciente do assunto e já está tomando algumas providências. A Federação de Agricultura e Pecuária do Amazonas/FAEA também já está avaliando o assunto.

A Conab precisa convocar reunião, incluindo nesse papo a SEPROR, IDAM, PREFEITURAS de Maués/Urucará, EMBRAPA, UFAM, FAEA, OCB, FETAGRI, AMBEV, COCA COLA e ONG’s que apoiam comunidades com produção de guaraná. Certamente tem outros importantes atores que deixei de mencionar.

É preciso urgentemente avaliar o mercado do GUARANÁ no Amazonas. É preciso checar se a realidade do nosso agricultor familiar do GUARANÁ é, de fato, a que está sendo divulgada nos comerciais das empresas de refrigerantes que usam o produto regional.

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Por fim, quero lembrar que o CBA, que tudo leva a crer que vai funcionar a pleno vapor, pense no HOMEM e na MULHER que vivem NA FLORESTA, na RENDA ($) dessas populações, e NÃO SOMENTE FAZER PESQUISA privilegiando EMPRESAS PRIVADAS. Tem que unir essas pontas, mas não é isso que tenho visto com o nosso GUARANA, BORRACHA, CACAU, ANDIROBA, PIAÇAVA ETC. É sempre bom lembrar que o Amazonas é o segundo estado mais pobre do Brasil com 49,2% da população na pobreza.

 

 

 

O gráfico acima registra o preço do GUARANÁ no Norte e Nordeste. No Amazonas, o registro encerra no mês de março/2018, certamente por uma questão de fim de safra, mas é preciso avaliar, pois em outubro de 2018 já tem safra.

https://www.conab.gov.br/info-agro/custos-de-producao/planilhas-de-custo-de-producao/item/9277-cultura-permanente-guarana-marco-2018

 

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