Opinião/Informação:

Fiz esse comentário na postagem anterior direcionada ao vice-governador Tadeu de Souza. Das oportunidades que o Amazonas perde. Segue exemplo bem atual: “Quem não chora não mama”. E é exatamente isso que acontece: como grande parte dos parlamentares amazonenses aliados do atual governo não conhece — ou finge não conhecer — o agro familiar e empresarial, e a superintendência regional da Conab no Amazonas permanece deitada em berço esplêndido, nada é reivindicado. Enquanto isso, o presidente da Conab, que é do Sul, vai direcionando os recursos para a compra de leite em pó e pêssego. Ao todo, são R$ 110 milhões.

Não me venham com o discurso de que o Amazonas está recebendo recursos do PAA/CDS. As demais regiões do país também estão. Essas compras de arroz, trigo, pêssego e leite ocorrem fora desse “circuito” do PAA/CDS; tratam-se de outras modalidades de aquisição, que também precisamos aqui.

Deixo claro que não sou contra as ações da diretoria da Conab. Sei que os produtores dessas regiões precisam e merecem apoio. O que causa indignação é deixar de fora o Amazonas, um estado com enormes potencialidades produtivas — o pescado é apenas um exemplo.

No caso do leite em pó, agricultores familiares, por meio de associações, cooperativas e demais organizações formalmente constituídas, poderão inscrever propostas apenas nos estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo, Alagoas, Sergipe e Goiás. Já o pêssego, exclusivamente para o Sul do país.

Do jeito que vai, só falta o presidente da Conab anunciar candidatura no Rio Grande do Sul.

THOMAZ RURAL