Opinião/Informação:
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Amazonas (FAEA), Muni Lourenço, apresentou dados incontestáveis e oficiais durante a última reunião do Conselho de Desenvolvimento do Amazonas (CODAM), reafirmando o papel estratégico do setor primário no desenvolvimento do estado. Em sua fala, Lourenço destacou que o agronegócio é uma força econômica que impulsiona o interior e dialoga diretamente com a sustentabilidade. Um dos pontos centrais da manifestação foi o crescimento da pecuária amazonense. Segundo Lourenço, o estado lidera o ranking nacional de crescimento percentual do rebanho bovino, registrando uma alta de 88% entre 2018 e 2024, segundo dados do IBGE.
Este avanço é sustentado pela conquista do status de Estado Livre de Febre Aftosa sem Vacinação, reconhecimento internacional da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) que coroa uma luta de mais de 50 anos do setor. O presidente da FAEA atribuiu o sucesso a um conjunto de esforços do setor privado, medidas técnicas e gestão política dos Governos Federal e do Estado.
Investimentos no Interior: O Caso Humaitá
A industrialização do interior também ganhou destaque com a aprovação de um projeto para a instalação de um frigorífico de abate de bovinos em Humaitá com investimento de R$ 70 milhões nos próximos três anos, geração de 86 empregos diretos e milhares de postos indiretos em fazendas da região. Ressaltou que é um investimento de empreendedores locais garantindo que o lucro permaneça e circule na economia do Amazonas. O setor registrou uma redução de 85% nos focos de calor e queda significativa nos índices de desmatamento. O presidente elogiou o projeto de açaí liofilizado (em pó) aprovado na pauta, que utiliza matéria-prima regional e fortalece a bioeconomia no interior. “O agro é a locomotiva econômica do país e vem mostrando sua força no Amazonas, provando que é possível produzir com sustentabilidade e gerar renda para quem vive no interior”, concluiu Lourenço.
THOMAZ RURAL
