Opinião/Informação:

Tenho recebido mensagens de comunidades do interior afirmando que não receberam os R$ 100 do Guardiões da Floresta (antigo Bolsa Floresta). E há um detalhe gravíssimo que acompanha esses pedidos de ajuda: segundo eles, a informação repassada — que dizem vir da SEMA — é de que só haverá pagamento quando entrar o dinheiro do crédito de carbono, justamente o crédito que está paralisado pela Justiça. Desde os governos Eduardo, Omar e até hoje (Wilson), esse programa é executado via ONG FAS, que recebe os recursos públicos e realiza o pagamento. Isso não faz o menor sentido. O governo estadual, assim como o federal, paga diretamente ao cidadão inúmeros programas (seguro defeso, auxílios emergenciais, Bolsa Família, Garantia-Safra etc). Por que esse precisa obrigatoriamente passar pela ONG FAS? Para piorar, o comunitário que vive fora das Unidades de Conservação não vê nem o cheiro desse dinheiro. Em síntese: é um programa criado para captar recursos internacionais, um teatro para mostrar ao mundo que o Amazonas tem um “programa de serviços ambientais”. No fundo, é um programa imoral, que paga pouco, para pouquíssimos, e ainda está com dois anos de atraso. O Bolsa Floresta passou 14 anos pagando apenas R$ 50. Milhões entraram, mas o valor nunca aumentou. Não sei como os 24 deputados estaduais não enxergam isso. E o silêncio da Comissão de Meio Ambiente da ALEAM é impressionante. O espaço está aberto para a SEMA, para a FAS e para os comunitários se manifestarem. Sigo fazendo a minha parte. O nosso caboclo continua sendo usado por ONGs ambientalistas recheadas de militantes petistas. E o mais triste: muitos desses militantes vivem com dificuldade, “vendem o almoço para comprar a janta”, mas defendem quem engana o ribeirinho e vive nababescamente pelo mundo. Veja manifestação de líder comunitário.

Sigo fazendo a minha parte!

THOMAZ RURAL