Opinião/Informação:
Professor Augusto Rocha, em seu artigo o senhor pergunta se “haverá dinheiro” para recuperar a BR-319. Permita-me uma observação respeitosa: como sempre digo, no Brasil o problema nunca foi falta de recursos — e sim corrupção e prioridades distorcidas. Infelizmente, essa é a realidade. Houve dinheiro para a Ponte, para o Gasoduto e para a Arena. Só não houve para a BR-319 por razões essencialmente políticas e ambientais, fruto da postura dos nossos governadores — do Eduardo, passando pelo Omar e agora o Wilson — que têm acatado sem contestação as pressões das ONGs ambientalistas, incluindo os chamados “observatórios” da BR-319 e do clima. Esses grupos ignoram todos os benefícios que o senhor bem descreve no seu artigo e atuam alinhados a interesses internacionais, enquanto nossos governadores se mantêm em silêncio. É por esse motivo que sempre fui contrário à parceria entre o CIEAM e a ONG FAS, que faz campanha explícita contra o asfaltamento da BR-319, prejudicando diretamente a nossa indústria. Da mesma forma, discordo profundamente de o PPBio da Suframa estar nas mãos da ONG IDESAM, que inclusive acionou a Justiça para barrar o licenciamento da estrada. Sobre o monitoramento do entorno da BR, deixo uma sugestão baseada em experiência própria: visite a sala de monitoramento do IPAAM. O sistema já acompanha praticamente tudo o que ocorre no território. O problema não é falta de dados — é a burocracia e a falta de estrutura para agir rapidamente quando o ilícito é identificado. Isso me foi dito por técnicos que operam o sistema diariamente.
Precisamos afastar quem joga contra o desenvolvimento do Amazonas e usar a tecnologia que já temos para garantir proteção ambiental sem paralisar o nosso estado. Só assim nossa economia e nosso povo terão dias melhores.
Unidos — academia, entidades e população — vamos superar esse obstáculo.
Sempre acompanho seus artigos no JC.
Um abraço!
THOMAZ RURAL
