Opinião/Informação:
Nada contra o pleito do TJAM por mais recursos — é legítimo que o Tribunal busque melhores condições para cumprir seu papel. Mas, como defensor do setor primário, preciso puxar a brasa para a minha sardinha e lembrar que é o setor primário que alimenta, gera renda e melhora diretamente os indicadores de saúde, educação e segurança nos 62 municípios do Amazonas. Um setor primário forte reduz drasticamente a demanda que chega ao sistema de Justiça, justamente porque diminui conflitos sociais, vulnerabilidade econômica e ilegalidades associadas à falta de oportunidades. Investir na produção rural é investir em prevenção — e prevenir custa muito menos do que remediar. Os servidores do Sistema SEPROR atuam em todas as regiões do Estado, com dedicação, estrutura limitada e salários muito baixos, ainda com reajustes acumulados e defasados. Mesmo assim, o orçamento do setor primário é de R$ 507 milhões, enquanto o TJAM já ultrapassa R$ 1 bilhão.
Repito: não quero fechar comarcas, nem reduzir a presença do Judiciário. Mas também não posso deixar de defender a valorização urgente dos profissionais do Agro no Amazonas — técnicos, fiscais, engenheiros, veterinários e equipes que fazem o setor acontecer no interior do Estado.
Não estou aqui para comparar salários, nem contrapôr instituições. O que peço é atenção e sensibilidade para um setor que emprega, gera renda, movimenta a economia, fortalece o interior e garante soberania e segurança alimentar ao povo amazonense.
Investir no setor primário é investir na base que sustenta todo o resto — inclusive a redução das demandas que chegam ao próprio Judiciário.
THOMAZ RURAL





Um comentário sobre “Nada contra o TJAM, mas o SETOR PRIMÁRIO merece a mesma dignidade em salários e estrutura”
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