Opinião/Informação:
Vi no grupo do setor primário mais uma mudança na Unidade Local do IDAM, agora em Manaquiri. Semana passada foi no Careiro Castanho. Ao que tudo indica, as mudanças têm caráter muito mais partidário do que alinhamento com os objetivos institucionais do IDAM. Entendo que o gestor tem liberdade para fazer substituições, mas será que a presidência e a diretoria técnica do IDAM estão cientes e concordam com essas movimentações? Os novos indicados conhecem a realidade do agro familiar e empresarial do Amazonas? Têm formação na área? Segundo informações, já são 13 unidades locais passando por mudanças sem avaliação de critérios técnicos, apenas políticos. Já disse e repito: é preciso fechar essa torneira com uma legislação aprovada na Assembleia que permita que apenas servidores de carreira assumam gerências das unidades locais e diretorias do órgão central. É assim que se profissionaliza. Deixar aberto como está dá no que estamos vendo. Ajudei a CONAB a mudar e adotar o critério de que superintendentes só poderiam ser indicados entre servidores da casa — e conseguimos. O IDAM precisa do mesmo caminho. Mas, na atual legislatura, já perdi a esperança. Além das emendas, a utilização política de órgãos tem sido constante. Sei que o governador pode barrar qualquer indicação e tem poder para isso, mas não está acontecendo — nem agora e nem antes. O IDAM sempre foi usado mais politicamente do que tecnicamente. E, se em abril o governador Wilson for substituído, haverá ainda mais pressão sobre Tadeu com foco nas eleições de 2026. Sabemos que a maior demanda vem dos deputados estaduais, então é nesse ponto que deve ser estancada a entrada de nomes sem afinidade com o setor.
É o que penso.
THOMAZ RURAL



