Opinião/Informação:
Ainda bem que o Amazonas conta com um senador de raiz, independente de governos, que tem pautado temas diretamente ligados ao nosso povo. Vou além do que disse o senador Plínio Valério: as COPs há muito tempo se transformaram em grandes vitrines da esquerda internacional, onde governos e ONGs utilizam a pauta ambiental para captar bilhões de reais enquanto nossa população continua empobrecida, sem ver esses recursos chegarem à ponta.
As falas do presidente Lula são um símbolo desse processo – ele mesmo reduz a conferência a conversas superficiais, quase como uma mesa de bar. É a mesma lógica da ONG FAS, que gastou milhões em viagens e estruturas, transformando a participação amazônica em um “banzeiro” político, e não em defesa concreta de quem mora na floresta e nela produz.
A verdade é que a Alemanha e outros países nunca se preocuparam realmente com o meio ambiente ou com o desenvolvimento da Amazônia. Sempre utilizaram governos e ONGs para nos bloquear, para impedir que usemos nosso potencial e para continuar lucrando com a narrativa da “floresta intocável”.
A cena do chanceler alemão na COP é o retrato desse teatro: logo depois, o país anunciou o envio de mais 1 bilhão de euros para “manter a floresta em pé”. Na prática, isso significa financiar estruturas intermediárias – governos, fundações e ONGs – que travam o desenvolvimento regional, reforçam a militância alinhada ao PT e perpetuam o modelo que mantém o ribeirinho, o extrativista e o produtor rural sem autonomia, sem apoio e sem acesso direto aos recursos que deveriam ser seus.
THOMAZ RURAL



