Opinião/Informação:
Deve ser, muito provavelmente, em razão das emendas parlamentares. Quando esse dinheiro carimbado entra em campo, muita coisa muda de posição — discursos, prioridades, fotos, afinidades. Depois, tudo deve voltar ao “normal” que já conhecemos: projetos andando devagar, promessas evaporando e aquele jogo de empurra clássico. E, claro, todos já cientes de que em abril tudo muda de novo, quando recomeçam as articulações, os prazos eleitorais, a dança das cadeiras e os alinhamentos “estratégicos”.
Falando nisso, ao ver a deputada Joana Darc comentar sobre futebol, notei que o Amazonas FC caiu para a Série C. A pergunta é inevitável: como sobe tão rápido e desce ainda mais rápido? Falta de planejamento? Elenco desequilibrado? Ou excesso de política dentro de um clube que deveria ser gerido como empresa e não como palanque?
Também tenho reparado o deputado Saulo Viana e o senador Omar Aziz declarando amores profundos pelo Nacional. Paixões repentinas… mas, no fundo, nada que o velho futebol amazonense já não tenha visto. Política e futebol sempre caminharam lado a lado — e quando aparecem fotos, camisas, abraços e juras de torcedor apaixonado, normalmente há algo mais valioso em jogo do que gols: visibilidade, votos e espaço de influência.
No fim, deve ser o mesmo “amor” que eu sinto pelo meu BOTAFOGO, meu Fogão eterno, e pelo meu Barriga Preta, o Galo amazonense, o glorioso Rio Negro Clube. A diferença é que o meu é de verdade.
Sempre que passo de carro pela rua do antigo Parque Amazonense, bate aquela saudade pesada dos tempos bons — das arquibancadas cheias, do cheiro de futebol raiz, da rivalidade honesta entre Nacional e Rio Negro. Hoje, o que vemos é mais política do que bola, mais interesse do que história.
Quem viveu aquele tempo sabe: o futebol amazonense já teve alma. Hoje, parece disputar campeonato com a política para ver quem se mistura mais rápido a quem.
Veja “riosdenoticias” abaixo…
THOMAZ RURAL
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