Opinião/Informação:
A última Conferência do Clima foi realizada em Baku, do outro lado do mundo, e mais uma vez a SEMA marcou presença. Mas a pergunta é inevitável: o que efetivamente melhorou para o povo do Amazonas? Nenhum avanço concreto. Basta ler o depoimento abaixo de um líder comunitário para perceber a distância entre o discurso e a realidade. Continuamos sem Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE), sem Licenciamento Ambiental (LA) desburocratizado e sem um único centavo chegando às comunidades a título de crédito de carbono ou de programas como o REDD+ — aliás, o próprio Ministério Público Federal já determinou a suspensão dessas operações diante da falta de transparência e de garantias aos verdadeiros guardiões da floresta. E tem mais: um líder do Rio Negro relatou que, mesmo após anos ouvindo promessas, nem os R$100 mensais estão chegando. É o retrato do abandono e da farsa que se repete a cada conferência. Agora, enquanto isso, as imagens que circulam no Instagram mostram a comitiva da SEMA já instalada em Belém, para a COP-30 — certamente com diárias, passagens e toda a estrutura paga com dinheiro público. Mas o caboclo, o ribeirinho, o extrativista e o agricultor familiar — aqueles que de fato preservam — seguem invisíveis, sem voz, sem renda e sem reconhecimento. Até quando vão continuar brincando com a vida de quem manteve a floresta em pé? Até quando as COPs serão vitrines de discursos, enquanto o povo da Amazônia segue à margem? Eu sigo fazendo a minha parte — mostrando a verdade e dando espaço a quem nunca foi ouvido. Agradeço ao leitor do Blog que enviou as imagens.
Abaixo, tem dois prints da SEMA/IPAAM falando em agilidade no licenciamento em 2021 (nada até hoje), e o titular da SEMA em Baku com o mesmo discurso de sempre. O que mudou no Amazonas? Só o gasto do cofre público que ficou mais vazio com diárias e passagens. O caboclo segue na miséria preservando o verde para eles.
Também tem o depoimento do lider comunitário da Região do Rio Negro.
THOMAZ RURAL








