Opinião/Informação:
Em um discurso emocionante no Vaticano, o Papa Leão XIV exaltou o papel dos engenheiros agrônomos e florestais como verdadeiros guardiões da Criação, lembrando que “a Terra não é uma posse, mas um dom”, e que quem cultiva com respeito e sabedoria “participa da obra criadora de Deus”. Mas aqui no Amazonas, a realidade parece bem diferente do que o Santo Padre pregou. Temos uma ONG, a FAS (Fundação Amazonas Sustentável) — “sustentável” para quem mesmo? — cujo titular, membro de um conselho ligado ao Vaticano sobre a Amazônia, alega ter gasto milhões de reais em “assistência técnica” com engenheiros florestais e agrônomos. O problema é que, apesar das minhas insistências e até de questionamentos formais no Senado Federal, até hoje a FAS nunca divulgou os nomes nem os CPFs desses profissionais. Ou seja, o dinheiro público ou internacional foi gasto, mas ninguém sabe quem recebeu, quanto recebeu, nem que trabalho foi feito. É no mínimo contraditório: enquanto o Papa defende a transparência, a ética e o papel nobre desses profissionais na reconciliação entre homem e natureza, um representante do Vaticano na Amazônia age de forma opaca, escondendo informações básicas sobre a aplicação de recursos em nome da “sustentabilidade”. Em síntese, se o Papa quer realmente promover a união entre ciência, fé e verdade, talvez seja hora de rever seus conselheiros amazônicos. Porque a espiritualidade que ele pregou no discurso é incompatível com a falta de transparência de quem se diz defensor da floresta.
🌿 “Cuidar da Terra significa cuidar do homem”, disse o Papa.
Mas aqui no Amazonas, alguns ainda parecem mais preocupados em cuidar das verbas do que da verdade. Temos os piores indicadores sociais e econômicos. Isso não pode continuar…
THOMAZ RURAL



