Opinião/Informação:
Será só mais uma COP – a de número 30. Mais uma conferência repleta de discursos inflamados e promessas vazias, enquanto a realidade na Amazônia continua a mesma: os caboclos preservando por necessidade e cultura, os grandes países poluidores ausentes ou indiferentes, e o planeta cada vez mais aquecido. No meio disso, multiplicam-se os ambientalistas de ocasião, que transformaram a pauta climática em um grande negócio — usando a miséria e as dificuldades do povo do Norte como vitrine para captar recursos internacionais. Basta observar o papel de entidades como os chamados “observatórios do clima”, os institutos contrários à reconstrução da BR-319 e o próprio IDESAM, que opera o PPBio — todos com amplo acesso a fundos internacionais e nacional, mas com resultados práticos quase nulos para as comunidades amazônicas. E quanto aos nossos governadores? Calam-se. Não por falta de opinião, mas porque também se beneficiam, direta ou indiretamente, das transferências financeiras oriundas dos países poluidores e geridas por essas ONGs ambientalistas. O Pará, por exemplo, já começou a dar trabalho à CGU, ao MPF e à Polícia Federal com os “investimentos” feitos do governo federal. E o que vem por aí promete ser ainda maior. A COP 30, portanto, tende a ser apenas mais um grande teatro ambientalista — com muita retórica sobre sustentabilidade e justiça climática, mas sem compromisso real com quem vive e preserva a Amazônia todos os dias.
THOMAZ RURAL





