Opinião/Informação:
A informação vem do site BNC Amazonas, do jornalista Neuton Corrêa: o advogado Flávio Antony deixou a Casa Civil do Governo do Amazonas para disputar a vaga aberta de desembargador do Tribunal de Justiça do Estado (TJ-AM). No lugar dele, assume Tatiana Assayag Toledo, que ocupava o cargo de subsecretária. Tenho minhas divergências com o ex-titular da ADS e agora ex-Chefe da Casa Civil, especialmente porque, em sete anos de gestão, ele não conseguiu implementar as mudanças prometidas na ADS durante a campanha de 2018 — quando eu estava ao lado de Wilson Lima e Carlos Almeida — em favor do produtor rural. Mesmo assim, considero que Flávio Antony tem todo o direito de participar do processo de escolha do novo desembargador, dentro do quinto constitucional da OAB. Ainda que eu não seja advogado, me parece injusto o recente “ajuste” feito pela OAB, que passou a exigir dez anos ininterruptos de exercício da advocacia para disputar a vaga. Pelo que li, essa mudança parece claramente direcionada para impedir a participação de Flávio Antony — justamente por muitos entenderem que, se ele estiver na lista tríplice, será o nome escolhido pelo governador Wilson Lima. Não vejo problema algum nisso. Desde que o nome dele esteja entre os seis mais votados e seja referendado pelo pleno do TJ-AM, a escolha faz parte do processo político legítimo. Ou será que aqueles que hoje criticam sua participação nunca privilegiaram legalmente ninguém em suas trajetórias? Flávio Antony agiu corretamente ao recorrer à Justiça para garantir seu direito de participar. Não aceito ter emprestado meu CPF para defender mudanças na ADS, que não aconteceram até hoje, mas não sobre o princípio democrático que assegura a qualquer advogado elegível o direito de disputar uma vaga no Tribunal de Justiça. É o que penso!
THOMAZ RURAL


