Fiquem de olho nas EMENDAS: o novo ralo do dinheiro público

Opinião/Informação:

Tenho sempre dito: NUNCA FOI FALTA DE DINHEIRO, SEMPRE FOI CORRUPÇÃO. Mais uma vez, as emendas parlamentares estão no centro de escândalos milionários. O caso mais recente veio do Piauí, onde investigações da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU) apontam desvio de recursos de emendas destinadas à área da saúde, com suspeita de superfaturamento e empresas fantasmas. E no Amazonas, será que acontece diferente?
Se deixarem fiscalizar de verdade, acredito que vão aparecer casos até piores. Afinal, o modelo é o mesmo: parlamentares indicam recursos, geralmente através de convênios com prefeituras ou entidades “amigas”, e parte do dinheiro — ao que tudo indica — não chega nunca na ponta. Recentemente, o Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM) e o Ministério Público Federal (MPF-AM) abriram investigações sobre o uso de emendas no interior do Amazonas, principalmente em contratos na área da saúde e em convênios com organizações da sociedade civil. Há relatos de repasses feitos a ONGs sem estrutura técnica e sem execução comprovada das ações, um modus operandi que se repete em diversos estados. Essas emendas parlamentares, além de servirem como moeda de troca política com o Planalto na hora das liberações, muitas vezes acabam funcionando como caixa de campanha para reeleições. Parte do recurso, é claro, acaba sendo usada para ações reais, pois “alguma coisa precisa aparecer”. Mas o caminho da maior fatia parece seguir o mesmo roteiro: favorecimento, superfaturamento e desvio. Nosso país precisa urgentemente de um choque de moralidade. As ONGs captam e ficam com boa parte dos recursos; nas licitações públicas já conhecemos bem as práticas de conluio; e agora, com cada parlamentar dispondo de uma verdadeira “empresa” orçamentária anual, as emendas viraram mais uma fonte de escândalos e de corrupção institucionalizada. Claro que existem exceções — parlamentares sérios, ONGs comprometidas e licitações transparentes. Mas, na maioria dos casos, o dinheiro público se perde no meio do caminho, e quem mais precisa continua lutando para ter acesso aos benefícios sociais e econômicos que nunca chegam. Será que um dia isso vai mudar? Primeiro passo seria mandato de 5 anos, eleições gerais, sem direito à reeleição para todos os níveis. Fiquem de olho nas EMENDAS PARLAMENTARES — essa é a nova modalidade de ralo do dinheiro público, tanto nas capitais quanto no interior do Brasil.

THOMAZ RURAL

https://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2025/10/18/entenda-como-funcionava-esquema-que-desviava-recursos-de-emendas-parlamentares-destinadas-a-institutos-culturais-no-ma.ghtml

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