Opinião/Informação:
A AMAZ Aceleradora, coordenada pelo Idesam, se apresenta como iniciativa inovadora, mas carece de transparência na aplicação dos recursos. Até hoje, pouco se sabe sobre o acompanhamento dos resultados e o impacto real na população local.
Além disso, os investimentos da aceleradora não priorizam os maiores gargalos do Amazonas, como fome, pobreza extrema, acesso à internet, energia solar e água potável. Em um estado onde milhares de famílias vivem em insegurança alimentar, destinar milhões a negócios de bioeconomia parece desproporcional e distante das necessidades urgentes da população.
Sabem quem está por trás da AMAZ: USAID (Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional), Aliança Bioversity – CIAT, Instituto Humanize e Fundo Vale, organizações que apoiaram estrategicamente e financeiramente a criação da aceleradora. É importante lembrar que o Idesam nasceu da ONG FAS.
Apesar dos milhões investidos, o Amazonas ainda apresenta os piores indicadores sociais e econômicos do Brasil. Um dia, o estado precisará acordar para esse teatro que empobrece e isola o povo que preserva a floresta.
E tem mais: o Idesam entrou na Justiça para travar o licenciamento da BR-319. Depois, para não perder a parceria com a SUFRAMA, fez um documento direcionado à autarquia dizendo que saía do Observatório do Clima por não concordar com a ação judicial, mas de fato deu aval ao documento. Só quem se beneficia ou se ilude acredita nisso.
Aqui, o povo da floresta sempre terá minha defesa. Sempre bom lembrar que já tem 21 anos na região.
THOMAZ RURAL



