Só vejo a Defensoria ser contra esse absurdo no interior do AM. Cadê o Executivo, o Legislativo e o Judiciário do Amazonas.

Opinião/Informação:

O que se viu no interior do Amazonas, nesta ação contra o garimpo ilegal, é um verdadeiro absurdo. Não havia a menor necessidade de tamanha encenação, mas tudo indica que a ordem é produzir imagens de impacto, um “book” para ser exibido na COP-30, na tentativa de captar mais recursos estrangeiros. Recursos que, até hoje, em nada mudaram a vida de quem preservou 97% da floresta para o mundo. Cadê o Executivo, o Legislativo e o Judiciário do Amazonas diante dessa realidade? Ainda bem que a Defensoria Pública do Amazonas vem se manifestando contra esse fogo que polui, destrói, mata peixes e pessoas. O STJ já foi contra a Defensoria, mas certamente muitos que votaram desconhecem a vida dura do comunitário que vive no beiradão. Enquanto isso, nas operações contra a corrupção nas capitais, os carros de luxo são apenas levados para o depósito — e em alguns casos até devolvidos. Mas, no interior, o tratamento é outro: destruição e espetáculo midiático. A pergunta que não cala: o verdadeiro dono do garimpo ilegal foi preso? Qual o nome dele? Quem permitiu que uma estrutura desse porte fosse montada? Onde estavam os satélites que monitoram a Amazônia — não viram o início dessa atividade? As imagens mostram a lancha da PF/IBAMA equipada com antena Starlink. E o caboclo? Esse, certamente, não tem Starlink. Ele é apenas cooptado pelo verdadeiro dono do garimpo, que provavelmente assiste a essa “ação de cinema” de muito longe, sem ser incomodado. No fim, quem paga a conta é o comunitário, que perde sua fonte de renda e fica desempregado. Vale lembrar que essa atividade, se legalizada e regulada de forma transparente, poderia gerar emprego e renda, como já ocorre em outros países. Mas, no Amazonas, desde 2003, falsos ambientalistas que controlam órgãos públicos travam até mesmo o plantio de mandioca e a criação de peixe. Essa imagem não combina com o Amazonas preservado. Se querem de fato combater ilícitos, que sobrevoem as casas dos verdadeiros donos do garimpo. Enquanto não se atacar a origem do problema e não se viabilizar atividades legais, o interior continuará condenado ao desemprego e à fome.

THOMAZ RURAL

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