Opinião/Informação:
Quero entender por que o MPF-AM não move ações contra as ONGs ambientalistas que já receberam milhões em nome dos povos indígenas, mas que, na prática, deixaram resultados pífios: apenas 3% das aldeias do Alto Rio Negro possuem sistema de água potável.
Reconheço que o órgão tem o dever de cobrar a União, mas por que isentar esse verdadeiro “saco sem fundo” de recursos destinados às ONGs, via BNDES, Fundo Amazônia e outros mecanismos? Os petistas que vivem as custas de “consultorias” de ONGs estão caladinhos (estão bebendo água mineral), assim como os titulares de ONGs também amantes do Fundo Amazônia, do “verde”, menos dos seres humanos, dos caboclos.
O próprio dado divulgado hoje pelo MPF-AM confirma o que venho alertando há anos: nosso povo tem sido usado apenas como justificativa para captar recursos, mas nada chega na ponta. Os petistas descontrolados que só defendem “o líder” deveriam pautar, incluindos os professores da UFAM, esses 3% de água potável para os indígenas anunciados pelo MPF-AM. Nem água potável é brincadeira depois de cinco governos e bilhões para ONGs. Eu, enquanto gestor, fiz minha parte, ajudei o MPF-AM a mudar a regra do PNAE e PAA para facilitar as compras públicas e doações para essas comunidades. Se tiverem dúvida, consultem a coordenação da CATRAPOA.
Também gostaria de entender por que o MPF-AM não cobra a execução do ZEE-AM (Zoneamento Ecológico-Econômico do Amazonas). Todos sabemos que ele nunca foi implementado, apesar de estar previsto na Política Nacional de Meio Ambiente, com efeitos diretos e positivos para indígenas, povos e comunidades tradicionais — enfim, para todos que aqui vivem.
THOMAZ RURAL


