OPINIÃO/INFORMAÇÃO:
Como é bom ver um jovem do Baixo Amazonas, que já foi prefeito e tem pretensões políticas para 2026, falando sobre o programa federal Garantia Safra. Parabéns, Glênio Seixas! Nunca vi — ou ouvi — os atuais 24 deputados estaduais tratarem desse assunto com a seriedade que ele merece. Aproveito sua deixa, e o meu espaço, para fazer algumas considerações:
- Esse programa nasceu em 2002, inicialmente para o Nordeste e o Norte de Minas Gerais.
- Nem Eduardo, nem Omar, nem Melo (deixo de fora David e Amazonino, porque ficaram pouco tempo) pensaram em trazer o programa ao Amazonas, nem mesmo as ONGs que tanto falam em seca e cheia. Ainda me vem Omar falar em “Amazonas forte de novo”, depois de nem tentar trazer este programa ao estado.
- Quem começou a falar em trazer o programa ao Amazonas fui eu, ainda na Conab — e nem sendo programa da Conab.
- Tive apoio imediato da FAEA, OCB, FETAGRI e do deputado Luiz Castro, depois vieram também Dermilson e Adjuto.
- O CEDRS foi o principal palco de debates sobre este tema. O saudoso Almir Carvalhal acompanhou de perto.
- Só o governador Wilson Lima e o secretário Petrucio ouviram o apelo, fizeram a adesão (primeiro passo) e nossos ribeirinhos puderam começar a ser beneficiados.
- Lembro das idas do Airton Schneider e do Heitor até Brasília, do apoio do Guilherme da SFA-AM e de várias entidades, para que o momento da adesão chegasse. Só foi possível graças a proximidade do governo estadual;
- Os ex-governadores diziam que não tinha dinheiro para fazer a adesão, mas as operações da PF mostraram que dinheiro nunca faltou.
- Eu diria ao Glênio que o primeiro passo é o Estado assumir o valor que hoje é pago pelo produtor e pelo município (certamente muito menor do que os milhões gastos com “ranchos” nas secas e cheias) e focar recursos do Fundo Amazônia para o Fundo Garantia Safra. É dinheiro direto na veia: sem intermediário, sem festa, sem fotos — e rápido. Além disso, movimenta a economia do município, pois os ranchos compram alimentos de outros estados, enquanto os produtores recebem na agência da CAIXA.
- Outra sugestão que faço ao Glênio é que, no caso do Amazonas, o governo federal deixe de exigir fiscalização in loco para verificar perdas. Custo é alto e sem a menor necessidade. Isso demora a liberar o pagamento. Já existem satélites e outras ferramentas para aferição. Na cheia, nem precisa dizer nada: perde-se tudo.
Parabéns, Glênio! Siga firme na sua caminhada e obrigado por pensar nos produtores do Amazonas.
Vi essa notícia no Folha de Parintins (abaixo)
THOMAZ RURAL


