Opinião/Informação:
Lamento discordar, mas se o Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) não debateu o que o Ministério Público Federal no Amazonas (MPF-AM) já vem investigando no Projeto Mejuruá, em Carauari, que envolve o mercado de créditos de carbono e pessoas ligadas à Fundação Amazônia Sustentável (FAS), perdeu uma grande oportunidade de evoluir no tema e de propor um modelo justo, que de fato beneficie o verdadeiro caboclo que historicamente preservou a floresta.
Abaixo, disponibilizo o link e o documento contendo a recomendação do MPF-AM. Ignorar essa pauta, com o Procurador da República Dr. Fernando Merloto Soare presente, é no mínimo incompreensível. Se o Procurador Geral do TCE-AM, Dr. Rui Marcelo, e o Conselheiro Júlio Pinheiro não pautaram o tema, o evento ficou devendo — e muito.
Como explicar a ausência de debate sobre créditos de carbono, justamente quando já existe um exemplo local cercado de questionamentos e apurações? Como não ouvir o MPF-AM, que já se debruça sobre as irregularidades do Projeto Mejuruá?
O espaço segue aberto para qualquer manifestação, tanto do TCE-AM quanto do MPF-AM. Quem sabe o assunto foi discutido, mas não divulgado no site do Tribunal.
No Amazonas, onde ONGs se transformaram em protagonistas da narrativa ambiental, a falta de posicionamento das instituições de controle apenas fortalece a sensação de que o caboclo, que deveria ser o primeiro beneficiado, continua relegado a segundo plano.
THOMAZ RURAL
https://www.mpf.mp.br/am/sala-de-imprensa/docs/Recomendao_Mejurua_AM.pdf/view


