Huck e Anitta precisam dizer a verdade no programa que ainda vai ao AR na GLOBO

Opinião/Informação:

Não é de hoje que escrevo sobre isso — são mais de 22 anos no Jornal do Commercio e no meu blog Thomaz Rural defendendo uma ideia simples e justa: os povos indígenas do Brasil querem, e têm direito, ao mesmo que nós temos. Celular, internet, água de qualidade, saúde digna, oportunidades de renda com produção sustentável — tudo isso mantendo, sim, suas culturas originais e seus modos de vida.

Agora, esse debate vai parar no palco do Domingão do Huck, na Rede Globo, com participação da Anitta. Espero sinceramente que Luciano Huck e sua produção não maquiem a realidade. Porque a verdade já está amplamente divulgada na mídia: ainda bem que nossos indígenas do Xingu têm celular, têm acesso à internet e querem muito mais. E isso não diminui em nada sua identidade, pelo contrário: fortalece sua capacidade de lutar contra a miséria e o abandono.

O problema é que esse discurso não agrada a muitos setores. ONGs ambientalistas e parte da burocracia estatal preferem vender ao mundo a imagem do índio isolado, pobre, vivendo na miséria. Porque o isolamento, a pobreza e a miséria dão lucro. São bilhões de reais que já entraram no Brasil em nome dos povos indígenas — basta lembrar os Yanomami, que receberam rios de recursos internacionais, e no entanto seus 30 mil habitantes continuam em condições de abandono. Com tanto dinheiro, todos eles já deveriam ter acesso garantido a celular, internet e infraestrutura básica. Isso seria libertador: comunicação própria, autonomia, independência frente a quem os explora.

Enquanto isso, ONGs seguem usando os indígenas como vitrine para captar recursos no exterior. Pregam uma “proteção” que, na prática, é uma forma de manter comunidades reféns de um modelo que impede seu desenvolvimento. Essa é a verdadeira violência cultural: não permitir que o indígena escolha viver com dignidade, se comunicar com o mundo, gerar renda sustentável e melhorar sua vida sem deixar de ser indígena.

É hora de dizer claramente: o Amazonas preservado e o Xingu preservado não podem ser sinônimos de homens, mulheres e crianças indígenas abandonados à própria sorte, de joelhos diante da pobreza. O direito de preservar a floresta não pode ser separado do direito de viver com dignidade.

O caminho é claro: indígenas com celular, internet, acesso a água, saúde, educação e renda sustentável. Isso não é “ocidentalizar” os povos originários — é garantir que eles tenham liberdade de escolha, algo que hoje lhes é negado por aqueles que lucram com sua miséria.

Se queremos justiça verdadeira, é preciso romper com a hipocrisia de um modelo que protege a floresta, mas condena os povos da floresta. Abaixo, disponibilizo o link do HUGOGLOSS onde será possível ver o indígena de posse da tecnologia. É isso que defendo a todas os povos indígenas e comunidades tradicionais que vivem e preservam a floresta ao mundo.

THOMAZ RURAL

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