Discutir saúde e educação sem falar de corrupção é enxugar gelo

Opinião/Informação:

Em Manaus, ocorreram recentemente dois encontros com candidatos que já se movimentam para as eleições de 2026. As reuniões foram com secretários municipais de Educação e Saúde para ouvir diagnósticos e apresentar propostas de melhorias nessas áreas. No entanto, no meu entendimento, se o tema combate à corrupção — incluindo o uso e destino das emendas parlamentares — não entrar de forma clara e objetiva na pauta, pouco ou nada vai mudar.

A experiência brasileira mostra que o maior entrave para avanços reais em saúde, educação e segurança pública não é falta de ideias ou de projetos, mas sim o desvio sistemático de recursos públicos. No Amazonas, essa realidade não é diferente. Podemos ter reuniões, discursos e promessas para um futuro melhor, mas enquanto a corrupção continuar minando os cofres públicos, qualquer plano será apenas mais um exercício de retórica.

Não estou acusando nem A, nem B, apenas ressaltando uma verdade incômoda: a corrupção é o maior câncer do Brasil, e o nosso estado está profundamente atingido por ela. Discutir soluções para problemas estruturais sem enfrentar esse mal de frente é como tentar esvaziar um barco furado com um balde — enxugar gelo, chover no molhado e condenar a população a esperar eternamente por um futuro que nunca chega.

THOMAZ RURAL

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