Opinião/Informação:
O que o público presente poderá aprender com o titular da SEMA sobre o tema da palestra que é “implementação de crédito de carbono”? Sinceramente, penso que nada! Afinal, já está em seu sétimo ano no comando da secretaria e nada aconteceu em benefício do caboclo que preserva a floresta em pé para o mundo. Tudo pra ele é no futuro. Será que, na palestra, ele mostrará o que o MPF-AM já identificou no Projeto Mejuruá, que envolve créditos de carbono e citações suspeitas sobre o envolvimento de seu parceiro da ONG FAS, ex-secretário de meio ambiente do governo Eduardo Braga? Será que vai explicar por que ele e seu parceiro simplesmente ignoraram o ZEE do Amazonas? Vai contar ao público que a ausência do ZEE do Sul do Amazonas deixou um enorme abacaxi nas mãos do governador Wilson Lima, que agora está em uma verdadeira sinuca de bico? Estarei acompanhando o que será anunciado e pronto para reafirmar que os grandes culpados pela crise no Sul do Amazonas são justamente os ongueiros que se omitiram em não fazer o ZEE. Se o ZEE tivesse sido feito, a situação do Sul já estaria resolvida.
Outro ponto: o evento se chama “BIOECONOMY AMAZON SUMMIT”. Se eu tivesse a caneta, obrigaria que esses convites viessem traduzidos para o português. Mas não é surpresa — essa turma sempre deixou o caboclo de fora de tudo. Aliás, a SEMA não diz, mas esse evento é da ONG IDESAM, parceira da ONG FAS, ligada ao PPBio da Suframa — que envolve mais de R$ 150 milhões sob controle do IDESAM, a mesma ONG que foi à Justiça para barrar o licenciamento da BR-319.
Em síntese: só mesmo o IDESAM para convidar o parceiro ongueiro da SEMA para falar sobre algo que, em sete anos, não andou absolutamente nada no Amazonas. E ainda com um parceiro que, segundo o MPF-AM, já foi citado no Projeto Mejuruá de crédito de carbono.
Se eu fosse a DD&L Associados, parceira do evento, aprofundaria a investigação sobre o PPBio e a ONG IDESAM: conferir se os mais de R$ 150 milhões têm aplicação compatível com a realidade, quantos caboclos estão sendo efetivamente remunerados e qual é o valor pago. E tem mais: lembrar que a ONG IDESAM entrou na Justiça para travar o asfaltamento da BR-319, prejudicando — e muito — clientes da conceituada DD&L que atuam no PIM/ZFM.
THOMAZ RURAL




